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Estamos resolvendo os problemas, dizem salas
Oficina chama técnicos quando há novas peças; Satyros toma "série de medidas'
DA REPORTAGEM LOCAL
A reportagem procurou os
administradores dos teatros
avaliados como precários para
pedir explicações sobre os problemas observados nas visitas.
No Oficina, onde não há
equipe de manutenção fixa, o
ator e diretor Marcelo Drummond disse que a presença permanente de técnicos depende
de verba. "Quando vamos montar um espetáculo novo, chamamos os técnicos. Mas não
podemos manter uma equipe
todo o tempo", diz.
Drummond criticou as leis
de incentivo à cultura por não
aceitarem que a manutenção
dos teatros seja incluída nos
pedidos. "Quando fazemos um
projeto para pedir verba, se colocarmos [no cálculo dos gastos] verba para a segurança do
teatro, esse item não é aceito."
A sede do grupo de José Celso Martinez Corrêa também
tem fiação exposta e "gambiarras" (ligações elétricas improvisadas, com fitas isolantes e
benjamins), além de sofrer ataque de roedores que vêm do
mercado em frente ao teatro.
"Fazemos desratização com
freqüência e procuramos checar a situação dos fios toda vez
que trocamos de peça."
Drummond afirma que o
modo "possível" de o Oficina
funcionar é este. E se defende
dizendo que até hoje não houve
problemas graves.
O diretor do Espaço dos Satyros, Rodolfo García Vázquez,
afirma que "uma série de medidas" está em curso, "dentro dos
limites" do teatro. "Refizemos a
iluminação de emergência, encalhamos a fiação, mudamos as
caixas expostas de lugar, fizemos treinamento de incêndio e
trocamos a sinalização", diz.
Durante a visita da reportagem, um funcionário instalava
sinalização de emergência. E o
camarim do Satyros 1, sempre
cheio de figurinos e elementos
do cenário, havia sido limpo antes da chegada da Folha.
O administrador do teatro
Ruth Escobar, Ascânio Furtado, argumenta que os problemas detectados estão sendo resolvidos. Segundo ele, a barra
antipânico quebrada foi arrumada; parte das tomadas sem
espelho, consertada; e as lâmpadas sem cúpula, cobertas.
Sobre a fiação exposta, ele
minimiza o problema, afirmando que os cabos estão encapados com isolamento antiincêndio. "Toda a parte elétrica do
teatro está sempre em manutenção. Estávamos colocando
novos cabos de aço [nos refletores] quando a Folha veio."
Já o Centro Cultural São
Paulo respondeu por e-mail às
observações feitas sobre a precariedade de sua fiação.
Na mensagem, a arquiteta
Ana Pimenta diz que as instalações elétricas do teatro serão
trocadas ainda neste ano.
Para 2009, segundo Pimenta, está programada uma reforma geral das salas de espetáculos, durante a qual todo o urdimento de madeira deverá ser
substituído.
(EDUARDO SIMÕES, LUCAS NEVES e SYLVIA COLOMBO)
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