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TV
Boninho, diretor do "reality show" que retorna em janeiro, afirma que "mix de participantes" é atrativo para a audiência
Elenco é aposta para renovar "BBB 4"
CLÁUDIA CROITOR
FREE-LANCE PARA A FOLHA, DO RIO
Na primeira edição, um rapaz
conquistou a simpatia do público
com seu jeito caipira e levou o
prêmio de R$ 500 mil. Na segunda, o vencedor era do interior,
com jeito caipira. Na terceira...
mais um vencedor com jeito de
caipira simpático. Mesmo com a
repetição, os índices de audiência
foram altos, e a Globo continua a
acreditar no "Big Brother Brasil".
Às voltas com a produção da
quarta edição do "reality show",
que estréia em janeiro, o diretor
J.B. de Oliveira, o Boninho, nega
que a fórmula do programa esteja
desgastada e aposta todas as fichas no elenco. "O formato se renova, principalmente com os novos participantes", diz. Segundo
ele, esta é a edição com o maior
número de pré-selecionados -as
inscrições foram feitas com o envio de vídeos em que os candidatos se apresentavam.
Boninho conversou com a Folha por e-mail.
Folha - O sr. teme que a fórmula
do "Big Brother Brasil" esteja desgastada? Que fazer para que o público não se canse?
J.B. de Oliveira - A expectativa é a
melhor possível, acreditamos que
o programa terá a mesma receptividade dos outros três. O formato
se renova, principalmente com o
novo mix de participantes.
Folha - O que haverá de novo?
Oliveira - Tudo muda. Decoração, provas e, principalmente, os
moradores fazem a diferença.
Não posso contar agora porque,
do contrário, os participantes já
entram sabendo, se preparam.
Folha - Recentemente, Mário Lucio Vaz [diretor da Central Globo de
Controle de Qualidade] determinou a diminuição de palavrões e cenas de sexo na programação. Como
isso influi no "BBB"?
Oliveira - Não temos como influenciar ou administrar o que
pode acontecer dentro da casa.
Seria impossível pedir, por exemplo, para que eles falassem menos
palavrões, isso seria uma forma
de dirigi-los. Mas sempre temos o
recurso da edição para evitar a
exibição na TV Globo do que sai
do padrão. Já a TV paga terá o
material gerado ao vivo.
Folha - Uma das principais críticas aos "reality shows" é que se
aproveitam de pessoas em situações-limite para atingir a audiência. Para o sr., qual é o limite para
mostrar ou não cenas que possam
expor demais os participantes?
Oliveira - Procuramos nos focar
em relacionamentos e escolhemos principalmente quem não
está disposto a se exibir.
Folha - Quais são os critérios para
manter o nível de qualidade?
Oliveira - O que faz a diferença é
a edição bem-humorada e crítica.
Folha - "No Limite" e "BBB" foram marcos na TV pelo formato
inovador e grandes audiências.
Mas "reality shows" produzidos
pela Globo recentemente não tiveram muito sucesso. A fórmula está
perdendo a força?
Oliveira - O formato ocupou seu
espaço. Na televisão aberta americana estão no ar mais de 20 "realities" e, na fechada, mais de 50.
"Reality" é uma fórmula consagrada e absorvida pelas TVs. Alguns fazem mais sucesso, mas o
formato chegou e se estabeleceu.
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