São Paulo, domingo, 11 de abril de 2004

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Fã viu o espetáculo mais de 128 vezes

DA REPORTAGEM LOCAL

Caraca! Tudo bem que ela é amiga da família de Heloísa Périssé. Mas assistir a "Cócegas" mais de 128 vezes... Ninguém merece!
A estudante Ana Cláudia Padilha, 17, diz que parou de contar na 128ª. Numa dessas, conheceu outras duas fãs enlouquecidas: Camila Vieira, 20, e Ana Cláudia Soares, 19. Hoje na faculdade de direito e comunicação, respectivamente, as duas não eram amigas de Périssé, nem conheciam ninguém da produção. E foram mais de 30 vezes à apresentação.
Nem precisa dizer que se identificaram com a adolescente Tati (Périssé), suas gírias, o jeito carioca. Nem precisa dizer que as três viraram "as melhores amigas".
No começo, pagavam ingressos. Depois, ficavam na porta, esperando sobrar lugar. Às vezes, liberavam de graça as escadas para as meninas. Logo fizeram amizade com a equipe, já eram da casa.
E dá para rir da mesma piada 128 vezes? "Dá", diz Padilha. Não enjoa? "Agora já enjoei", admite. Elas fizeram até blog da peça. Camila explica que "Cócegas" virou mais do que uma peça teatral. Era um programa, com toda a "azaração" que a Tati adooooooora!
Para Ingrid Guimarães, tanto sucesso é resultado da identificação do público com os tipos encenados. "É um espetáculo para toda a família porque não tem baixaria. O sucesso não veio do nada. Trabalhamos há mais de dez anos e testamos os quadros várias vezes." Ela fala ainda da química com Heloísa Périssé, sua amiga há 12 anos. Como qualquer casamento, confessa, há momentos de estresse. "Às vezes, nós nos trancamos no quarto e falamos tudo o que estamos pensando, discutimos até acabar o problema. Aí fazemos as pazes. É rápido."
Périssé diz que elas tiveram de aprender a administrar o sucesso de "Cócegas". "As coisas iam acontecendo, acontecendo, e a gente teve de ir administrando. Tudo depende de muita organização. E de trabalhar muito." (LM)


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