São Paulo, domingo, 11 de julho de 2004

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O nome do jogo será o game, o videogame

DA REPORTAGEM LOCAL

Três fatos:
* Há hoje no mundo inteiro meio milhão de pagantes inscritos no jogo on-line "Everquest"; são 500 mil pessoas torrando US$ 12 por mês pelo direito de jogar um MMORPG (sigla para Massive Multiplayer Online RPG, ou jogos de RPG on-line para milhares de jogadores simultâneos);
* Há um canal de TV paga nos EUA chamado G4TV que só trata de game e, com apenas um ano e meio de funcionamento, já atinge 44 milhões de domicílios;
* Foram vendidos no Brasil 1 milhão de PlayStation 1 e 2, sem contar a pirataria.
Agora, imagine tudo isso aumentando em média 20,1% por ano pelos próximos cinco anos, até atingir um mercado global de US$ 55,6 bilhões em 2008, como prevê o estudo "Global Entertainment and Media Outlook - 2004-2008".
"É uma indústria violenta, são bilhões e bilhões de dólares só nos Estados Unidos, onde o jogador médio tem 29 anos, não é adolescente", afirma André Vaisman, diretor do "G4 Brasil", programa de TV com vinhetas diárias de três minutos e, aos domingos, meia hora de duração na Rede Bandeirantes.
De acordo com o estudo, o salto deve se dar principalmente a partir de 2006, quando está previsto o lançamento de uma nova geração de aparelhos, o que levará a uma conseqüente onda de gastos em jogos que se adaptem ao novo console.
Para Vaisman, também no universo do videogame brasileiro o problema é a pirataria. "Um jogo oficial comprado num shopping de São Paulo custa R$ 300, mas você consegue num camelô por R$ 15 com a mesma qualidade", contabiliza. No exterior, um game semelhante sai por US$ 50, se for lançamento.
Ainda assim, o universo de jogadores aumenta. Um deles é o paulistano Matheus Pereira Costa, 12, atualmente estudando na sexta série. Esperto, ele gosta de ir ao cinema e ler um bom livro. Mas suas paixões são duas: game e esporte.
São games de esporte, de preferência de futebol, que levam Matheus a ficar até três horas por dia com o joystick na mão. "Tem mais gente que gosta de game hoje em dia", calcula. "Antes não era tanto assim."
De acordo com o estudo da PriceWaterhouse, vai ser cada vez mais assim. (SD)


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