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Carreira do ator é um trailer do cinema nacional
DA REPORTAGEM LOCAL
Se "o Rio de Janeiro é um
trailer do Brasil", como diz o
cineasta Cacá Diegues, Paulo
César Pereio é um resumo
possível do cinema nacional.
Desde que fincou seus pés
na sétima arte, no seminal
"Os Fuzis" (1964), de Ruy
Guerra, Pereio não mais se
desassociou das ondas de ascensão e queda da produção
de cinema no Brasil.
Ele pode ser visto na inventiva narrativa ao arrepio
dos cânones de "Bang Bang"
(1973); no grande momento
do documentário brasileiro
que é "Iracema, uma Transa
Amazônica" (1976); ao lado
dos mais reconhecidos cineastas nacionais -Glauber
Rocha, Walter Lima Jr., Hector Babenco, Diegues.
Nem sempre manteve com
diretores e técnicos amistosas relações no set. Deu-se o
direito de ataques de estrela,
até submergir no vácuo que
foi a produção erótica dos 80
e a exígua atividade dos 90.
E eis que Pereio flutua revalorizado nas homenagens
de cineastas cinéfilos como
Patrícia Moran ("Plano Seqüência", 2002), para desaguar em "Harmada", longa
ainda inédito de Maurice
Capovilla, outro que volta a
soltar o verbo depois de longo silêncio. A ver e ouvir.
(SILVANA ARANTES)
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