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Vencedor em Veneza apela para Estado ajudar a arte
"Fausto", de Sokurov, ganha o Leão de Ouro
GABRIELA LONGMAN
ENVIADA ESPECIAL A VENEZA
"Faust" (Fausto), adaptação do russo Alexander Sokurov para o clássico de Goethe, venceu o Festival de Veneza, encerrado no sábado, batendo favoritos da crítica como "Carnage", de Roman Polanski, e "A Dangerous Method", de David Cronenberg.
O vencedor encerra a "tetralogia do poder" de Sokurov. Antes, ele enfocou personagens históricos: Hitler (em "Moloch", 1999), Lênin ("Taurus", 2001) e Hirohito ("O Sol", 2005).
O título de agora trata do homem que vendeu a alma a Mefistófeles em troca de conhecimento e prazer.
Em seu discurso, Sokurov defendeu o cinema de arte e insistiu na necessidade de que este seja financiado.
"Sem a ajuda do Estado ou de fundações é impossível conservar e manter a arte, especialmente para nós, portadores da velha cultura europeia. Teatro, cinema, universidade, todas as formas de cultura e educação têm que ser apoiadas ou vão desaparecer. A cultura não é um luxo. É a base para o desenvolvimento da sociedade."
As principais cenas externas de "Faust" foram gravadas na Islândia, numa paisagem que mistura florestas, vulcões, pedras, neve e mar.
"A cultura visual do meu filme é a parte principal do meu trabalho. Me baseei numa pesquisa ampla sobre a luz que envolve o romance de Goethe, a pintura do século 19", explicou. Seu pacto com o diabo lhe valeu as glórias no céu de Veneza.
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