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CINEMA
Festival irá exibir 25 filmes até 8 de abril, no Jockey Club de São Paulo, em megatela equivalente a prédio de seis andares
Mostra de filmes a céu aberto tem 2ª edição
DA REDAÇÃO
Com a pré-estréia do filme
"Benjamin", de Monique Gardenberg, começa nesta quinta-feira o Vivo Open Air, festival de
cinema a céu aberto que tem sua
segunda edição no Jockey Club de
São Paulo.
O evento, que apresentará um
total de 25 filmes -entre clássicos, blockbusters vistos há pouco
em cartaz e inéditos- até o dia 8
de abril, tem como atração uma
tela de 22,8 m por 12,1 m, área
equivalente a um prédio de seis
andares.
O formato é importado de um
modelo desenvolvido na Suíça há
14 anos e difundido em países da
Europa e na Austrália. Por aqui,
acrescentou-se uma dose de espetáculo, com o "ritual" de mudança da posição da tela, que passa da
horizontal para a vertical por
meio de um sistema hidráulico. O
processo, feito pouco antes da exibição dos filmes, dura três minutos e é acompanhado por uma trilha sonora desenvolvida para o
evento.
Para tanto, a programação terá
blockbusters de ação como "Matrix Revolutions" e "O Senhor dos
Anéis - O Retorno do Rei", certamente mais favorecidos com o
equipamento, mas também estão
clássicos que se saem bem independentemente do tamanho da
tela como "Os Palhaços", de Federico Fellini, e "Janela Indiscreta",
de Alfred Hitchcock.
Entre os inéditos, que não incluem produções megaesperadas,
os maiores destaques são "Benjamin", versão cinematográfica do
livro de Chico Buarque estrelada
por Cléo Pires, e "Party Monster",
cinebiografia do promoter Michael Alig, famoso na noite nova-iorquina do final da década de 80.
Completam a programação que
ainda não estreou em circuito,
"Step into Liquid - Na Onda Certa", documentário sobre surfe que
segue a trilha de "Endless Summer" -clássico trabalho sobre o
mesmo esporte-, o espanhol
"Sem Notícia de Deus", a comédia
de humor negro "Túmulo com
Vista", com Naomi Watts no
elenco, e o terror "Underworld - A
Noite dos Vampiros".
Segundo o coordenador-geral
do evento, Renato Byington, o Vivo Open Air "não se propõe a ser
um festival com produções de
vanguarda. O objetivo maior é
proporcionar que filmes já conhecidos do público sejam vistos de
uma forma diferente com o equipamento que temos".
Byington diz que uma das limitações para a programação de determinados filmes é o estado de
suas cópias que, devido às dimensões da tela do evento, não reúnem condições para exibição.
"Um risquinho numa tela normal
vira uma avenida aqui", afirma.
Além do cinema
No espaço do Jockey Clube, a
organização montou um espaço
para bares e restaurantes e um
palco para, após a exibição dos filmes, ocorrerem shows. Entre as
apresentações previstas, estão a
de artistas como Ed Motta, Fernanda Porto, Rappin" Hood, Jorge Vercilo, Luiz Melodia, Nando
Reis e Marcelinho da Lua.
A expectativa dos organizadores é que as 22 noites do Vivo
Open Air reúnam um total de 42
mil pessoas, com uma média de
1.900 pessoas por sessão.
Na edição anterior, realizada em
2002, 33 mil espectadores foram
ao Jockey Club nas 21 noites que
durou o evento, em cuja programação foram exibidos "Blade
Runner", "A Viagem de Chihiro"
e "Apocalipse Now Redux".
Sobre a eventual ocorrência de
chuvas durante o festival, Renato
Byington afirma que tanto a tela
como o sistema de som estão preparados para funcionar normalmente.
O coordenador-geral do evento
complementa que boa parte da
platéia estará em local coberto, na
arquibancada do Jockey Clube, e
que a organização irá distribuir
capas de chuva em caso de mau
tempo.
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