|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Zé do Caixão leva 7 prêmios em Paulínia
DA ENVIADA A PAULÍNIA
"Encarnação do Demônio",
de José Mojica Marins, foi eleito o melhor filme do I Festival
Paulínia de Cinema pelo júri
oficial e também pelo da crítica.
O longa de Mojica, que completa a trilogia do personagem
Zé do Caixão -ao lado de "À
Meia-Noite Levarei Sua Alma"
(1964) e "Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver" (1967)-
recebeu ainda os prêmios de
melhor fotografia (José Roberto Eliezer), montagem (Paulo
Sacramento), direção de arte
(Cássio Amarante), trilha (André Abujamra e Marcio Nigro) e
edição de som (Ricardo Reis).
Quando apresentou o filme
na disputa, na última quarta-feira, Mojica disse haver "atravessado todos os estágios do absurdo" para realizá-lo. O primeiro roteiro de "Encarnação
do Demônio" é de 1966.
A sessão em Paulínia provocou a evasão de parte da platéia,
durante as cenas em que Zé do
Caixão impõe as torturas mais
sangrentas às suas vítimas. As
mesmas passagens foram
aplaudidas pelos espectadores
que permaneceram na sala.
"Encarnação do Demônio"
traz sexo sob tempestade de
sangue, mutilações, escalpamento, tortura com baratas, ratos, aranhas e um porco -tudo
em cores e com rico acabamento da premiada fotografia de
Eliezer. A estréia nos cinemas
está prevista para o dia 8/8.
Entre os demais concorrentes, "Os Desafinados", de Walter Lima Jr., ficou com o Prêmio Especial do Júri (para Lima Jr.) e os de melhor atriz
(Cláudia Abreu) e ator coadjuvante (Ângelo Paes Leme).
O público elegeu "Alucinados", de Roberto Santucci, como melhor ficção.
"Feliz Natal", que deu a Selton Mello o prêmio de direção,
levou também o de atriz coadjuvante, dividido entre Darlene
Glória e Graziella Moretto. É de
supor que o júri não viu no filme uma atriz principal.
"Pequenas Histórias", de
Helvécio Ratton, recebeu os
prêmios de melhor ator (Paulo
José) e roteiro (Ratton), enquanto "Onde Andará Dulce
Veiga?", de Guilherme Almeida
Prado, teve o melhor figurino
(Fabio Namatame). O melhor
documentário, para o júri oficial e o popular, foi "Simonal
-Ninguém Sabe o Duro que
Dei", de Cláudio Manoel, Calvito Leal e Michael Langer.
Texto Anterior: Selton Mello "nasce" melancólico Próximo Texto: Nelson Ascher Índice
|