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Crítica/música/Joss Stone
Simpatia da cantora inglesa é pouco em show modorrento
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Não é difícil perceber
por que Joss Stone já
vendeu mais de 6 milhões de discos e faz shows lotados como o de anteontem à noite, no Via Funchal, em São Paulo. A voz rouca é sexy e combina
com o tubinho prateado que
acentua os 21 anos da cantora.
Ela sorri bastante e é simpática.
Mas algo ali não se encaixa.
Stone apareceu em 2003 e
ajudou, com Amy Winehouse, a
motivar uma nova geração de
cantoras britânicas que buscam inspiração na soul music
dos anos 1960 e 1970.
Os gritos das 6.000 pessoas
(muito mais mulheres do que
homens) que preenchem a casa
paulistana às vezes tampam a
voz da cantora -até porque o
volume de som do microfone
está mais baixo do que deveria.
Por mais que canções como
"Super Duper Love" e "Put
Your Hands on Me" tenham
um apelo atual, muitas das músicas apresentadas no show,
principalmente as do mais recente trabalho, "Introducing
Joss Stone", soam arrastadas.
Se no disco Joss Stone consegue exprimir os sentimentos de
canções tristes ou desoladoras,
ao vivo sua alegria excessiva e
os arranjos pop apenas suavizam as raízes soul das canções.
A banda que a acompanha
(sete músicos) mais os três vocalistas de apoio são competentes -é o mínimo que se espera.
Mas não conseguem disfarçar o
ritmo modorrento do show.
Até "No Woman No Cry",
clássico de Bob Marley, que fechou a apresentação, aparece
apagada. Deve funcionar como
música de fundo -como o restante das canções de Stone.
JOSS STONE
Quando: hoje, às 21h, em Curitiba;
amanhã, às 22h, em Porto Alegre
Onde: Teatro Positivo (r. Professor
Pedro Viriato P. Souza, 5.300, Curitiba; tel. 0/xx/41/3315-0000; 12
anos); Pepsi On Stage (av. Severo
Dullius, 1.995; Porto Alegre; tel. 0/
xx/51/3371-1948)
Quanto: de R$ 200 a R$ 400 (Curitiba); de R$ 100 a R$ 2.000 (Porto
Alegre)
Avaliação: ruim
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