DUILIO FERRONATO
COLUNISTA DA FOLHA

O tamanho da passarela é uma opção do estilista, ele determina se ela será alta ou baixa. Mas como o custo de uma passarela de mais de 40 cm, que seria ideal, é muito caro, muitos optam por passarelas no chão.
A largura parece que tem sido um dos grandes equívocos na SPFW. Uma passarela muito larga deixa pouco espaço para o público, fazendo os seguranças passarem por apertos para impedir que a passarela seja pisada antes de o desfile começar.
A Cavalera e Carlota Joakina abusaram na largura e acabaram começando o desfile com a passarela toda suja. A Carlota apresentou as modelos em movimentos "aleatórios", o que deu um efeito visual interessante. Elas circulavam como se fossem uma pequena multidão. Os vestidos listrados davam uma certa tonteira gostosa.
Já a Cavalera me lembrou um professor que dizia que quando você está sem criatividade é só apelar para as formas geométricas que fica tudo certo. Ficou a dúvida se foi falta de criatividade ou gosto duvidoso.
Agora, em matéria de gosto duvidoso ninguém bate Fause Haten e Lino Villaventura. Não dá para entender aonde eles querem chegar. Deu um certo constrangimento ver uma coisa tão esquisita. Parecia escola de samba para mulher rica.
Sempre no limite, André Lima criou um visual impactante, com uma selva construída com madeira recortada.


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