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Rohmer integra nouvelle vague com obra ímpar
DA REPORTAGEM LOCAL
"Sou um urso." Nada na
figura do cineasta francês
Eric Rohmer, 83, combina
com sua auto-imagem,
anunciada a uma platéia que
o aplaudia de pé, no 58º Festival de Veneza (2001), que
lhe entregou Leão de Ouro
pelo conjunto da obra.
Perfil muito magro, passos
frágeis, voz tênue, o "urso"
se referia à sua aversão a cerimônias públicas.
Receber pessoalmente o
troféu foi exceção feita a Veneza, que havia consagrado
seu "O Raio Verde" (1986).
A homenagem seguiu com
a exibição de "A Inglesa e o
Duque", sua primeira incursão na tecnologia digital.
E concluiu-se que o cineasta que começou como crítico
(nos "Cahiers du Cinéma"),
criou a nouvelle vague, mas
construiu obra particular
dentro e fora do movimento
("Minha Noite com Ele", "O
Joelho de Claire", "As Noites
de Lua Cheia", os contos dos
80/90 em exibição) seguia o
mesmo. Sempre outro.
(SA)
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