São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 2008 |
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Dueto RC e Caetano terá "Chega de Saudade"
Eles também devem cantar "A Felicidade", "Teresa da Praia", "Wave" e "Garota de Ipanema"
LUIZ FERNANDO VIANNA DA SUCURSAL DO RIO Segundo os diretores Monique Gardenberg e Felipe Hirsch, só pouco depois das 21h de amanhã, quando Roberto Carlos e Caetano Veloso aparecerem no palco do Teatro Municipal, no Rio, poderá se ter certeza do repertório que eles interpretarão em homenagem a Tom Jobim, na nova etapa de comemoração dos 50 anos da bossa nova -que também acontece no Auditório Ibirapuera, nas próximas segunda e terça, com ingressos esgotados. O motivo da incerteza é que a cada ensaio -o de hoje à noite, geral, será o quarto com os dois juntos- muda-se algo. Mas cinco duetos já são dados como certos: "A Felicidade", "Teresa da Praia" (recriando o que fizeram Dick Farney e Lúcio Alves), "Wave", "Garota de Ipanema" e "Chega de Saudade". ""A Felicidade" foi a única que os dois escolheram de cara", conta Hirsch, que participou da elaboração da lista de sugestões encaminhada aos cantores no primeiro semestre. "E aconteceram coisas curiosas, como o pessoal do Roberto ligar para um ensaio do Caetano e perguntar: "Ele está cantando "Samba do Avião'? Não? Porque talvez o Roberto cante'", relata Monique. Estão confirmadas "Lígia", "Eu Sei que Vou te Amar" e "Insensatez" com Roberto, "Meditação" e "Por Toda a Minha Vida" com Caetano. Eles deverão cantar duas músicas juntos no início. Depois, Caetano fará seu set acompanhado de uma banda de base -Daniel Jobim (piano), Paulo Braga (bateria), Jorge Helder (baixo), Gabriel Improta (violão) e Carlos Malta (sopros)- e da orquestra, nesse momento regida por Jaques Morelenbaum. Em seguida, será a vez de Roberto se apresentar com seus músicos e com a mesma orquestra, mas regida por Morelenbaum. Não haverá, como se cogitou, um número de Roberto com Daniel Jobim, mas o neto de Tom terá um momento solo, que possivelmente será "Águas de Março". O Tom de Roberto Ao todo, o Rei interpretará 11 ou 12 músicas de Tom. Nunca em sua carreira ele se dedicou tanto à obra de um compositor que não ele mesmo (em parceria com Erasmo Carlos). "É como chegar ao Rio após cinco meses fora e notar de novo a beleza do aterro do Flamengo. Como a gente nunca ouviu Roberto cantar todas essas canções, nota de forma ampliada a beleza do seu canto", compara Monique. Para ela, que também produz os shows de João Gilberto da série Itaúbrasil, o cachê não foi preponderante para Roberto participar do projeto. "Foi o Tom", diz. "Quando eu fiz o convite, o Dody [Sirena, empresário do cantor] falou: "Acho muuuito remoto". Depois, ligou: "Monique, para minha surpresa, o Roberto aceitou". E tínhamos falado da possibilidade de ser só uma participação. A resposta foi: "Não. Roberto quer fazer mesmo". Ele quer homenagear de uma forma histórica o Tom", afirma ela. A parte visual do show, que tem cenografia de Daniela Thomas, fará alusões à arquitetura de Oscar Niemeyer e à obra do artista húngaro Victor Vasarely (1906-1997). "Não tem grandes armações cênicas. A música é a protagonista", diz Hirsch. Texto Anterior: ABL faz eleição hoje com recorde de candidatos Próximo Texto: Caetano canta Caymmi e ironiza Lobão Índice |
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