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VINHO
Bonarda vai para o time dos tintos finos argentinos
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
A uva bonarda tem forte
presença na Argentina. É
uma das mais cultivadas lá,
perdendo apenas para a malbec, símbolo daquelas bandas. Seu nome evoca variedades do norte da Itália, mas
a versão platina não tem
muito a ver com o país europeu. Estudos recentes a
identificaram como a corbeau, cepa do sul da França.
Seja qual for o seu berço,
sempre ficou ligada a vinhos
comuns, aos quais aportava
cor e estrutura. Poucos anos
atrás, porém, algumas adegas descobriram que, se cultivada e vinificada com carinho, dá origem a vinhos frutados, encorpados e macios,
até com melhor textura que
a de um cabernet. Foi aí que
essa espécie de patinho feio
etílico entrou para o time
dos tintos finos do país.
Por aqui, há cada vez mais
goles de bonarda que valem
a pena conferir. Um deles é
o Trapiche Broquel 2005,
um vinho envelhecido
em carvalho francês e americano, redondo, marcado
por ameixas e leves tons
tostados (87/100, R$ 31,20
na Interfood, tel. 0/xx/11/
2602-7261).
Bom também o Sur de los
Andes 2007, de aroma e sabor atraentes (framboesa,
baunilha) e persistentes
(88/100, R$ 32, na Grand
Cru, tel. 0/xx/11/3062-6388). Melhor ainda o La
Posta 2006, elaborado com
uvas de vinhedos de mais de
40 anos de idade, rico
(geléias, frutas vermelhas),
denso e com final longo
(89/100, R$ 34,38, na Vinci,
tel. 0/xx/11/2797-0000).
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