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Clima familiar dá o tom de apresentação
DE SÃO PAULO
Foi um show no qual sir
McCartney poderia levar
seus filhos pequenos. Famílias com camisetas dos Beatles, muita água e refrigerante. Um sol que não chegou a
incomodar, uma chuva que
não veio e uma organização
que correu sem problemas.
No clima familiar, para beber uma cerveja era preciso
pegar uma pulseira e provar
ter mais de 18 anos (olha o
exemplo do festival SWU).
Antes do início da apresentação do inglês, o DJ Mauricio Valadares esquentou o
público com canções de Led
Zeppelin ("The Battle of Evermore"), Patti Smith (versão
de "Smells Like Teen Spirit")
e Mutantes ("It's Very Nice
pra Xuxu").
Lá fora, a fila de entrada
dava uma boa pista da diversidade do público.
A analista de sistemas Regiane Galvão, 27, estava há
dois dias acampada para garantir um lugar na pista prime. Com medo de ficar sozinha no local, pediu para o namorado dormir com ela na
primeira noite. Dispensou a
"escolta" no dia seguinte,
quando já tinha feito amizade com outros fãs.
"O amor que eu sinto por
ele é completamente desinteressado porque ele nunca vai
me ver nem saber quem eu
sou", filosofou.
Já as amigas Vera Spinola
e Helena Bauerlein, 57, que
se conhecem desde o colégio,
deixaram os filhos em casa
para ver Paul. "Os jovens ficaram órfãos de ídolos."
Com lugar marcado na cadeira azul, elas chegaram hoje por volta das 15h, depois
de um almoço regado a
champanhe para comemorar.
(IVAN FINOTTI, TEREZA NOVAES e VITOR MORENO)
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