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Repertório traz clima de "câmara"
DA REPORTAGEM LOCAL
O nome de José van Dam é bem
mais ligado à ópera que à canção.
Ele se tornou conhecido ao interpretar aos 25 anos um Escamillo
("Carmen", de Bizet) na Ópera de
Paris. Permaneceu por dois anos
em Genebra e por mais seis na
Deutsche Oper, de Berlim.
Entre 1970 e 1975, canta no Escala, Covent Garden e Met, de Nova York. Antes dos 40 anos já era
uma voz de peso internacional.
Ele começará em São Paulo seus
dois concertos como se eles fossem literalmente "de câmara",
com um repertório apropriado a
uma récita familiar.
Em lugar de papéis épicos ou
histriônicos (o Holandês, Leporello, em Wagner e Mozart), sua voz
se prestará de início à intimidade.
Serão cinco canções de Henri
Duparc, três melodias de Debussy
sobre poemas de Verlaine e três
outras do ciclo "Fêtes Galantes".
Ainda na primeira parte do espetáculo, estão três canções delicadas de Maurice Ravel.
O Van Dam mais extrovertido
das grandes árias do repertório de
ópera cantará na segunda parte
de cada récita, com peças de Mozart, Berlioz e Bizet.
De Mozart, uma ária de concerto e "Non Più Andrai" -o Conde
de Almaviva ironizando Cherubino-, de "As Bodas de Fígaro".
De Berlioz, três árias do personagem Mefistófeles de "A Danação
de Fausto". De Charles Gounot,
"Vous qui Faites l"Endormie", de
uma outra ópera "Fausto", e, por
fim, de Georges Bizet, "Quand la
Flamme de l"Amour", ária de "La
Jolie Fille de Perth".
(JBN)
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