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Crítica
Música é protagonista de filmes de hoje
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Foi prudente dar a "On Connait la Chanson" o nome de
"Amores Parisienses" (TV5,
20h30; classificação indicativa
não informada). Porque a verdade é que há muito tempo, ao
contrário do que diz o título
original, não se conhece mais a
canção francesa.
O fato é que Alain Resnais
aproxima, ali, canções e amores. E todo mundo sabe, ainda,
que ao amar as pessoas, por algum misterioso motivo, fixam
músicas, canções de preferência, que embalam seus sonhos.
O filme ajuda a perceber o
quanto a Europa se afastou do
Brasil, nas últimas décadas. O
desafio, após cada música, pode
se enunciar assim: quem conhece a canção?
Já os marujos de "Um Dia
em Nova York" (TCM, 16h30;
não recomendado para menores de 12 anos) soarão íntimos a
qualquer um: Gene Kelly e
Frank Sinatra a gente conhece
até sem conhecer. Eles estão
num musical em que a situação
ainda é atual: marinheiros de
folga, em situação bélica.
O filme de Gene Kelly e Stanley Donen, ressurge em flashes em minha memória. O navio, a cidade, as locações fora
de estúdio. Mas do que mais
lembro não é de Gene nem Sinatra: é das piruetas de Ann-Miller no tombadilho do navio.
Para fechar o dia musicalmente, vale checar o Canal
Brasil que exibe "Doces Bárbaros", de 1976 (0h30; livre).
Talvez não um grande filme,
mas música de primeira, com
os quatro da Bahia: Gil, Caetano, Bethânia e Gal.
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