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[!] Foco
Na platéia, "show" de Paula Lavigne inclui desde "cadê o segurança da casa?" até Rivotril
PAULO SAMPAIO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Assim que as luzes se apagaram para o começo da apresentação de Caetano e RC,
quem fez o show foi Paula Lavigne. A ex do baiano entrou
pela lateral da platéia, foi até a
segunda fila e mandou que
um casal saísse. Na galeria,
aos berros, perguntou:
"Quem colocou vocês ali? Essas cadeiras são minhas, olha
aqui os ingressos!"
(Paula grita no rádio para
seu convidado) "Paulo Fernando, sobe! Sobe, Paulo Fernando! As cadeiras são suas,
você é que não foi macho o suficiente para dizer a esses
dois...!"
Pálido, o casal expulso não
quer se identificar. Explica
que os colocaram ali porque
haviam pegado seus lugares.
Alguém diz que foi a diretora
do teatro, Carla Camuratti.
"Gente, então diz para a Camuratti que eu tirei vocês dali
para colocar outras pessoas.
O Caetano já tem direito a
pouquíssimos ingressos
(Paula não disse quantos), e o
teatro resolve tirar os convidados dele para colocar os da
Carla Camuratti!! Cadê o segurança da casa? Eu não sou
louca!"
A essa altura, os assessores
de imprensa tentavam evitar
que os fotógrafos se aproximassem, conduzindo-os para
fora com as mãos nas câmeras, como se eles fossem
crianças impedidas pela mãe
de assistir a um filme pornô.
Surge a notícia de que alguém
foi esbofeteado em função da
briga. E Paula: "Jura? Vamos
distribuir [o tranqüilizante]
Rivotril!".
Do outro lado do teatro,
Carla Camuratti é informada
da confusão. "Quem disse que
são meus convidados? Paula?
Lavigne? Eu nem sei quem é o
casal, nunca vi. Colocaram os
dois ali porque havia 15 ingressos duplicados, e ainda
barramos oito falsificados!"
De acordo com Carla, "é assim que funciona o Estado
brasileiro". "Eles fizeram "licitação" para contratar a fabricante de ingressos que já
estava dando problemas!"
Platéia recheada
Lá dentro, a platéia estava
recheada de famosos. Tantos
que o "assistente da presidência" (do teatro) Oscar José
não parava de trazer cadeiras
para colocar no fosso, onde
foram acomodados os vips
que ligaram de última hora.
Oscar José diz que, de 70 cadeiras, o número subiu para
cem. "Que bom que você conseguiu vir, Camila. Tava tão
aflita", diz uma produtora para Camila Pitanga, à passagem de mais uma cadeira.
Entre outros, estavam ali
Cláudia Abreu e José Henrique Fonseca, Regina Casé e
Estevão Ciavatta, Ana Botafogo, Débora Bloch.
Nos últimos momentos antes de a campainha (e a voz de
Paula Lavigne) soar, ainda
chegava gente: Carolina
Dieckmann aparece com o
marido, Thiago Worcman,
mais baixo que ela e até do
que Marcos Frota, que está ali
perto tendo uma espécie de
acesso: "É lindo ver esse respeito do Caetano pelo Rei, e
do Rei pelo artista da tropicália... Dois homens responsáveis pelo seu tempo, a gente
fala do Brasil dos anos
60...Deixei de lado trabalho,
cachê, viagens, solidões, dúvidas para estar aqui hoje".
E a socialite Astrid Monteiro de Carvalho: "Ouvia muito
o Roberto Carlos em minhas
viagens à fazenda com papai.
Ouvi tanto que era até enjoativo. Aquilo entranhou na minha cabeça. Mas hoje eu tenho outra imagem dele".
No palco, Caetano faz movimentos sutis com as mãos,
juntando-as ao estilo de Fátima Bernardes, enquanto Roberto se aferra ao cano inclinado do microfone e só abre o
olho para ler de soslaio as letras das músicas colocadas no
chão. O público vibra.
Depois de 20 músicas, o bis,
muitas palmas e assobios, o
show acaba. À saída, o empresário da noite Luiz André Calainho grita ao celular: "Não,
mãe, agora não vou! Tenho
que falar com o Roberto!".
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