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CINEMA
A partir de segunda, vão livre do museu terá telão para exibir cinco longas do evento, entre clássicos e estreantes
Masp abriga 300 não-pagantes da Mostra
LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DA REDAÇÃO
A partir de amanhã, em plena
segunda-feira, o trânsito na região da avenida Paulista poderá
ter um visual no mínimo diferente das habituais luzes de freios dos
automóveis.
É que o Museu de Arte de São
Paulo, o Masp, passa a integrar o
circuito da 28ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e sedia uma sessão diária, às 19h30,
dos longas-metragens previstos
para o festival. E, o melhor de tudo, será de graça.
Até sexta, no cenário do vão livre do museu projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi, um telão de
cinema exibe produções -recentes e uma obra-prima- da Alemanha, Iugoslávia, França e Estados Unidos.
Essas sessões não terão ingressos para serem retirados com antecedência, como vem acontecendo com as apresentações pagas no
quiosque oficial do evento, localizado no Conjunto Nacional, também na avenida Paulista.
As senhas serão distribuídas alguns minutos antes da projeção e
no próprio local, que estará isolado para permitir a entrada somente dos 300 felizardos que conseguirem um ingresso. A antecedência, neste caso, provavelmente
não será de muita valia. O risco de
empurra-empurra é grande.
A princípio não deve haver um
evento paralelo à exibição, embora a assessoria de imprensa da
Mostra tenha informado que a organização não descarta um bate-papo ou introdução de algum diretor "que esteja disponível".
Programação
Para quem não quer pagar os R$
11 (ou até R$ 13, dependendo do
dia da semana em que for a sessão) de ingresso, esta é uma boa
oportunidade para poupar dinheiro. Há filmes que devem levar
grande público às salas, como por
exemplo "Questão de Imagem",
da popularesca Agnès Jaoui, e a
versão norte-americana para outro sucesso, o argentino "Nove
Rainhas", que é transportado para Los Angeles pelas mãos do estreante Gregory Jacobs, com John
C. Reilly e Diego Luna nos papéis
que foram de Ricardo Darín e
Gastón Pauls. Resta saber se o resultado é
tão bom quanto o original.
Os cinéfilos que gostam de explorar novas cinematografias têm
também a sua chance com "O Milagre de Berna", do alemão Sönke
Wortmann. E há uma figurinha
fácil da Mostra, o iugoslavo Emir
Kusturica e seu "A Vida É um Milagre", que concorreu no último
Festival de Cannes.
O projeto fecha com chave de
ouro, ao exibir o clássico de um
dos grandes mestres de todos os
tempos: "A Noite Americana",
homenagem ao mundo do cinema feita por François Truffaut.
Segundo Leon Cakoff, curador
da Mostra de Cinema de São Paulo e ex-programador das antigas
sessões no Masp, o critério para a
escolha dos filmes foi "o mesmo
usado para as outras salas".
Só não se sabe se a sessão será
acompanhada de pipoca. É que a
organização não confirmou se o
público poderá entrar no espaço
portando alimentos.
De graça
E por falar em economia, o
evento ainda promove uma exposição na Faap de fotografias dos
cineastas Amos Gitai e Abbas Kiarostami, que também têm obras
revistas em retrospectivas pela cidade.
Vale uma espiada ainda nas sessões na galeria Olido, CEU Curuçá (na zona leste), MIS e Centro
Cultural São Paulo. Todas sem
precisar meter a mão no bolso.
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