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FILMES
TV ABERTA
Tarde de cinema brasileiro com "Dona Xepa"
Dona Xepa
Cultura, 15h30.
Brasil, 1959, 87 min. Direção: Darcy
Evangelista. Com Alda Garrido, Nino
Mello, Odete Lara, Colé, Zezé Macedo.
Dona Xepa é uma feirante que luta para
se sustentar, enquanto a filha (Odete
Lara) sonha com um marido rico, e o filho
espera um patrocinador para suas
invenções. P&B.
Por Amor
Globo, 0h25.
(For Love of the Game). EUA, 1999, 137
min. Direção: Sam Raimi. Com Kevin
Costner, Kelly Preston. Costner é o
veterano jogador de beisebol
dispensado pelo time após 20 anos de
bons serviços. De passagem, a mulher
também o dispensa. Kevin volta a
investir no beisebol (fez sucesso com
"Campo dos Sonhos"), e Sam Raimi dá
uma virada em sua vida. Mas não deu lá
tão certo para nenhum dos dois. Inédito.
Sra. Dalloway
Bandeirantes, 1h.
(Mrs. Dalloway). Inglaterra, 1997, 100
min. Direção: Marleen Gorris. Com
Vanessa Redgrave, Natascha McElhone.
Adaptação do romance de Virginia Woolf
que inspirou o recente "As Horas". Aqui
aparece a personagem, a sra. Dalloway,
em pessoa, madura (Redgrave) e jovem
(McElhone). Oportunidade para observar
como o romance influencia "As Horas"
(que primeiro também foi um romance).
A má notícia é que Marleen Gorris é a
mesma diretora de "A Excêntrica Família
de Antônia". Vale pela curiosidade.
Gigi
Globo, 2h45.
(Gigi). EUA, 1958, 117 min. Direção:
Vincente Minnelli. Com Leslie Caron,
Maurice Chevalier, Louis Jourdan. Gigi é
a garota destinada a ser cortesã, na Paris
do início do século. Mas o amor de um
cavalheiro (Jourdan) vai desviá-la da
rota. Chevalier é o narrador, entre cínico
e cúmplice, deste belíssimo musical.
As Jóias da Família
SBT, 4h30.
(Bejewelled). EUA, 1991, 93 min. Direção:
Terry Marcel. Com Emma Samms, Denis
Lawson, Jean Marsh. Garota que leva as
jóias de sua família para exposição em
Londres é roubada ao chegar. Por sorte,
ela havia conhecido, na viagem, um
detetive.
(INÁCIO ARAUJO)
DOCUMENTÁRIO
Tradição dos arturos é mantida por 600 pessoas
DA REDAÇÃO
Em Contagem, a 21 km de Belo
Horizonte, uma comunidade peculiar chamou a atenção da documentarista Thereza Jessouroun,
que dirigiu "Os Arturos", exibido
no festival É Tudo Verdade deste
ano. Cerca de 600 pessoas compõem a sociedade dos arturos, todos descendentes do escravo alforriado Artur Camilo Silvério.
O grupo, fortemente apoiado na
cultura do congado e em suas
principais festas (como Libertação da Escravidão, Nossa Senhora
do Rosário e João do Mato), nasceu a partir dos 11 filhos de Silvério e sobrevive hoje ainda com
quatro deles, além de netos e bisnetos do fundador.
O atual patriarca dos arturos é
Geraldo, rei congo de Minas Gerais, à época (2001/2002) com 91
anos, que enumera suas missões
na comunidade; por exemplo:
"ensinar como se faz o alimento
do negro" e orientar na educação
pelo trabalho aplicada às crianças.
"A árvore pequena você vira para
onde quiser; depois, só com machado", ensina ele, emendando
que "serviço não mata ninguém".
A produção acompanha o dia-a-dia da comunidade, além das
ocasiões especiais. As tradições da
cultura negra são freqüentemente
evocadas como uma alternativa à
violência do mundo exterior.
Sheila, 25, bisneta de Silvério, defende que se coloque "na cabeça
dos filhos para seguir a tradição",
ao mesmo tempo em que revela o
desejo de vê-los como "alguém na
vida", como "advogado ou dentista", diz.
Maria Lúcia, vice-rainha conga
da comunidade, acredita que
"não tem como segurar os filhos,
mas é importante nunca perder
os laços". Para ela, que diz não se
considerar uma "artura"-já não
é descendente de Silvério, mas casada com um de seus netos-, os
filhos "não podem viver presos.
Têm de levar para um pouco da liberdade da comunidade".
OS ARTUROS. Quando: Hoje, às 18h, na
Rede SescSenac.
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