DA REPORTAGEM LOCAL

O CD saiu no início do ano, mas só hoje, no Sesc Pompéia, "Comunhão" se transforma em show para o público de São Paulo. É o lançamento do segundo disco do mineiro Mario Gil, que trocou Juiz de Fora pela capital paulista em 1983.
Se o primeiro trabalho, "Contos do Mar" (1998), tinha uma só temática, "Comunhão" é uma reunião de canções compostas por Gil e parceiros ao longo dos anos 2000. "Não queria um CD igual ao "Contos", mas também não queria algo sem pé nem cabeça. É como uma colcha de retalhos, que pode ser extremamente bonita ou completamente desconexa", diz Gil.
Entre frevos, choros, toadas e outros ritmos brasileiros, nove das 12 faixas serão interpretadas hoje. Além de Gil, cantarão Renato Braz e Luciana Alves, que participaram do disco -ela ainda substituirá Mônica Salmaso em "Acalanto". No repertório, muitos versos de Paulo César Pinheiro, único letrista de "Contos do Mar" e de quatro canções de "Comunhão".
"Ele é um ídolo, e nunca imaginei que fôssemos nos tornar parceiros. É possível que o próximo CD seja em cima das nossas músicas baseadas em lendas indígenas", conta Gil, que já gravou duas delas no disco deste ano: "Caruana" e "Pajé".
No palco, hoje, ele estará acompanhado dos músicos Jardel Caetano, Zé Alexandre Carvalho, Hanilton Messias, Guello e Ari Collares.