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Mostra no Rio expõe intimidade de Machado
Objetos pessoais, manuscritos, primeiras edições e fotos estarão a partir de hoje na ABL
Dividida em módulos temáticos, "Machado Vive" segue a cronologia do escritor, da casa onde nasceu à cama em que morreu
CAIO JOBIM
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
No ano em que se celebra o
centenário da morte de Machado de Assis, uma exposição revelará um pouco de sua intimidade. Objetos pessoais, livros
de sua biblioteca particular,
primeiras edições de suas
obras, manuscritos, textos elogiosos, críticas arrasadoras,
instalações, filmes, documentários e fotos estão na exposição "Machado Vive", que começa hoje no Rio, no palácio Austregésilo de Athayde, sede da
Academia Brasileira de Letras.
Na mostra, com curadoria do
poeta Alexei Bueno, o escritor
se torna personagem, e a ficção
fica em segundo plano, escondida atrás de encadernações
antigas de suas próprias obras
ou dos livros de seus mestres.
"São 14 módulos em uma disposição ao mesmo tempo cronológica e temática em que a
obra, que é o mais importante,
está representada em seus livros e manuscritos, mas achei
importante contextualizar a relação de Machado com a família, seus amigos e inimigos, e
com o Rio antigo", diz Bueno.
O passeio começa na casa em
que o escritor nasceu, na chácara de dona Maria José de Mendonça Barroso, onde seus pais
moravam como agregados -retratada no canto de uma foto
panorâmica do morro do Livramento. Termina em seu leito de
morte, em espaço que reproduz
livremente o interior do sobrado em que o escritor viveu no
Cosme Velho.
Do último capítulo de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", todo de negativas, que encerra a mostra, "Machado Vive" capta a essência: nega a
morte da memória, como o personagem que volta à vida depois de morto para recriar sua
existência, e transmite a todas
as criaturas o legado de nossa
mais alta literatura.
MACHADO VIVE
Quando: de seg. a sex., das 10h às 17h;
até 30/12
Onde: sede da ABL (av. Presidente
Wilson, 203, tel. 0/xx/21/3974-2500)
Quanto: entrada franca
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