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Vinho
Marca agrupa
goles de várias
regiões lusas
COLUNISTA DA FOLHA
Difícil não se sentir tentado a provar os vinhos da Azul
Portugal. A marca reúne goles de várias regiões lusas,
assinados por destacados
enólogos do país, como Anselmo Mendes ou Jaime
Quendera. De quebra, os vinhos têm bons preços.
Na degustação, porém,
houve surpresas. Anselmo
Mendes, por exemplo,
craque do Minho (onde
modela belos brancos, como
o Muros de Melgaço ou o
Portal do Fidalgo), derrapa
aqui com exemplares
do reduto que lhe deu fama:
dois vinhos verdes 2006, o
Reserva e o Escolha, um
tanto pálidos, que deveriam
ter mais intensidade de
aroma e sabor.
Marca pontos, no entanto,
com um exemplar de um
canto pelo qual talvez é menos conhecido, o Dão, com
um tinto 2005 touriga nacional/tinta roriz, marcado por
framboesas, com boa textura
e estrutura (88/100).
Surpreenderam também
dois 2006 do Ribatejo (área
ao norte de Lisboa, jovem no
mundo dos vinhos finos), do
enólogo Frederico Falcão, da
Companhia das Lezirias
-importante adega do lugar.
Um é rubro (tinta roriz/
castelão), com agradáveis
tons tostados e de cereja
(87/100). O outro, curioso
destaque desses terrenos
onde predominam os tintos,
foi um branco, mescla de
trincadeira das pratas e fernão pires, perfumado (pêssego, rosas, lavanda), untuoso e atraente em boca
(88/ 100, os três a R$ 38, na
Decanter, tel. 0/xx/11/3074-5454).
(JORGE CARRARA)
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