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Para a telinha, pornografia será "sem história"
DA REPORTAGEM LOCAL
Além do forte potencial de
venda, a pornografia tem outras vantagens para se adaptar
aos celulares: a produção não é
das mais caras e as cenas abusam de closes, ideais para a tela
pequena e à baixa qualidade de
imagem dos aparelhos atuais.
Assim como em outros tipos
de vídeo, a dificuldade é o tempo de duração. A tecnologia
hoje em dia permite apenas seqüências muito breves, de 30
segundos a dois minutos.
Uma ação pornô "com história" leva cerca de 25 minutos,
segundo Norberto Brunni, gerente de marketing da Buttman
Brasil, produtora de filmes eróticos. Se for "direto ao ponto",
diz, pode ser reduzida para cinco minutos, tempo disponível
hoje para vídeos na internet.
"É como um jogo de futebol.
A pessoa pode assistir à partida
inteira, que dura 90 minutos,
ver um compacto de 15 minutos ou apenas os gols mostrados pelos telejornais. No caso
do celular, seria isso, um clipe
só com os gols", diz Brunni.
Assim, a telinha poderia servir para levar o cliente à internet ou à locadora, atrás da fita
de vídeo ou do DVD.
Segundo ele, já há captação
para celular na Buttman, visando um provável acordo de fornecimento para a Vivo.
"A produção é a mesma. A
diferença é que, agora, o cameraman e o produtor têm em
mente que é preciso captar
imagens adequadas para fita de
vídeo e DVD e mudar o foco
para o celular. Para as fotos, é o
mesmo raciocínio. Tem de servir para revista, capa de DVD e
celular. Quanto mais mídias,
mais variedade e qualidade
têm de ter o material", explica.
De acordo com Brunni, o
Brasil é o segundo mercado de
filmes pornôs do mundo, atrás
apenas dos Estados Unidos.
Por outro lado, segundo a
Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações), o país chegará em breve ao quarto lugar
no número de usuários de celular, atrás apenas da China, Estados Unidos e Japão.
(LM)
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