São Paulo, domingo, 27 de julho de 2003 |
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Todas as mulheres do mundo
CLÁUDIA CROITOR FREE-LANCE PARA A FOLHA, DO RIO Ela não conhece muito bem as mulheres brasileiras. Mas pouco importa: para a cartunista Maitena, 41, que passa a publicar hoje na Ilustrada as charges de sua série "Superadas", elas não são tão diferentes assim no mundo todo. "Não digo que somos todas iguais, como dizem alguns homens. Mas nos acontecem as mesmas coisas, temos uma escala de valores parecida", corrige a autora do álbum de quadrinhos "Mulheres Alteradas" (ed. Rocco), que esteve no Brasil durante a última Bienal do Livro, em maio. Aos 41 anos -"mas aparento muito menos, apesar de me sentir com muito mais", diz, rindo-, no terceiro casamento, com três filhos e com mais de um milhão de exemplares de livros vendidos pelo mundo, Maitena é especialista em retratar com muita graça as angústias e paranóias femininas em duas séries de desenhos, "Superadas" e "Alteradas". Em "Superadas", a cartunista diz que não fala só de mulheres. "Digamos que eu fale sob o ponto de vista da mulher. A maioria dos meus personagens são mulheres, mas há homens também -já que falamos dos homens 60% do tempo, não é?", diz. Na conversa que teve com a Folha por telefone, de Buenos Aires, Maitena, que tem seus cartuns publicados em 17 países, entre eles Espanha ("El País"), Itália ("La Stampa"), Chile ("El Mercurio") e na própria argentina ("Para Ti", "La Nacion"), só quis se certificar de uma coisa: se suas charges sairiam junto às do brasileiro Angeli. "Trabalhar ao lado dele... uau! Para mim é uma honra. Sempre fui fã do Angeli." Folha - Por que "Superadas"? Folha - O que você sabe sobre as
mulheres brasileiras? Folha - Como você começou a desenhar? E por que sobre mulheres? Folha - É raro haver mulheres humoristas. Você sofre preconceito? |
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