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COMIDA
VINHO
Adegas italianas
trazem à tona
novos sabores
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
A estréia no Brasil de duas
adegas italianas, a Azienda
Sella e a Gran Furor Divina
Costiera, coloca novamente
em evidência a diversidade
de estilos e sabores que têm
surgido nos vinhedos da península e o seu maravilhoso
elenco de uvas nativas.
A Sella é uma vinícola do
Piemonte. Seus tintos têm
como base a uva nebbiolo, a
mesma que dá vida a Barolos
e Barbarescos -monstros
sagrados deste canto.
Mas os vinhos da casa nascem ainda mais ao norte, no
clima mais frio de Lessona.
Talvez por isso eles ganham
delicadeza e elegância.
Destaque, entre eles, para o
Lessona 2004, unindo fruta
(cereja, leve framboesa), especiaria, tabaco e boa acidez
(89/100, R$ 80), e para o
Ommagio a Quintino Sella
2003, de perfil similar, porém mais denso e intenso
(91/100, R$ 150).
Já a Gran Furor ocupa o
canto oposto. Ela está na
Campania, no sul, e seus goles primam pela força, seja
no perfume dos brancos, seja
na estrutura dos rubros.
Na primeira ala, menção
para o Furore Bianco 2007
-de uvas falanghina (60%) e
biancolella-, rico, combinando pêssego, pêra madura
e suaves toques minerais
(89/100, R$ 70).
Na segunda parte, para
o Furore Riserva 2004
(corte de aglianico e piedirosso), de paladar complexo
(ameixas pretas, madeira,
chocolate), com boa textura
e persistência (91/100, R$
135, todos à venda na Cellar,
tel. 0/xx/11/ 5531-2419).
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