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LITERATURA
Recluso, autor fez discurso e se deixou fotografar
Rubem Fonseca recebe de Gabriel García Márquez prêmio mexicano
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
O escritor Rubem Fonseca, 78,
recebeu ontem das mãos do seu
colega colombiano Gabriel García
Márquez o Prêmio de Literatura
Juan Rulfo, na abertura da 17ª Feira Internacional do Livro de Guadalajara, no México.
Normalmente esquivo a fotografias e avesso a entrevistas, o autor de "Agosto" posou para as
lentes, fez discurso para repórteres e brincou com García Márquez, igualmente recluso -e que
não fez nenhuma declaração durante a cerimônia.
Foi por conta do Nobel de 1982,
autor de "Cem Anos de Solidão",
que Fonseca diz ter viajado para
receber o prêmio. "Só quando
soube que Gabo entregaria o Juan
Rulfo é que decidi enfrentar meu
medo de multidão", afirmou.
O escritor mineiro radicado no
Rio, que recebeu US$ 100 mil pelo
prêmio, elogiou ainda o "inspirador" da cerimônia. "Senti um
imenso impacto com os livros de
Rulfo, que mostrou com sua literatura que toda realidade é um
produto da imaginação", disse
Fonseca. "Seguimos escutando
Rulfo porque ele sempre tem coisas para dizer", acrescentou sobre
o mexicano nascido em 1918 e
morto em 1986, autor do clássico
"Pedro Páramo".
Um dos principais prêmios literários da língua espanhola, em
sua 13ª edição, o Juan Rulfo foi dado a Fonseca com unanimidade
dos sete jurados.
O escritor, introdutor do romance policial moderno no Brasil
e elogiado principalmente por
seus contos, já ganhou neste ano o
Prêmio Camões, principal distinção da língua portuguesa.
Com Cassiano Elek Machado, da Reportagem Local
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