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"Destino" mira o Oscar
FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM BARCELONA
Salvador Dalí e Walt Disney
uniram sua criatividade na elaboração de um desenho animado
entre 1946 e 1947. Devido às dificuldades do pós-Guerra, o projeto não saiu da fase inicial. O resultado inacabado foi uma fita de 17
segundos e alguns esboços. O
fragmento do desenho, chamado
"Destino", em espanhol, virou
lenda. Poucos haviam visto.
O desenho foi apresentado publicamente pela primeira vez no
MoMA de Nova York, em 97. Roy
Disney, neto do cartunista, retomou o projeto. Reuniu uma equipe de 25 animadores franceses.
O desenho, de sete minutos de
duração, foi exibido com grande
repercussão em junho passado no
Festival de Curtas-Metragens de
Annecy (França). Depois, foi premiado nos festivais de Melbourne
(Austrália) e de Rhode Island
(EUA). A divulgação maciça tem
como meta o Oscar de 2004.
"Destino" conta a história de
amor entre duas figuras mitológicas, Dhalia e Chronos. A partir
daí, o curta mistura bailarinas, jogadores de beisebol, formigas que
se transformam em bicicleta, tartarugas gigantes e a Torre de Babel. Não há uma sequência lógica.
A interpretação fica a cargo de cada espectador. O pintor costumava dizer que, se o filme fosse compreendido, teria fracassado no intento. Mais daliniano, impossível.
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