Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Orquestra Sinfônica de Montreal toca programas distintos em SP

Com direção de Kent Nagano, companhia interpretará Wagner

JOÃO BATISTA NATALI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Orquestra Sinfônica de Montreal se apresenta hoje e amanhã, na Sala São Paulo, sob a direção de Kent Nagano, com dois programas diferentes. São concertos da temporada da Sociedade de Cultura Artística.

Hoje, os compositores tocados vão ser Wagner, Brahms e Liszt, cujo "Concerto nº 2" terá como solista o pianista canadense de origem ucraniana Serhiy Salov, 34.

Amanhã serão apresentadas peças dos compositores Berlioz, Igor Stravinsky, Rimsky-Korsakov e Ravel.

Deste último, "Tzigane", com o solo do violinista canadense Andrew Wan, de apenas 29 anos, que é também o mais jovem spalla da história da orquestra canadense.

Kent Nagano, 61, nascido nos Estados Unidos, é certamente o mais conhecido e prestigiado maestro entre os que se apresentam neste ano em São Paulo.

Além da Orquestra de Montreal, que ele assumiu em 2006, com o afastamento de Charles Dutoit, que estava em conflito com os músicos, Nagano é o diretor musical da Ópera Estatal da Baviera, em Munique.

Passou a ser reconhecido como um regente de primeira linha nos dez anos em que ocupou, a partir de 1988, a direção artística da Ópera Nacional de Lyon (França).

De companhia de perfil tímido e regional, a orquestra passou a rivalizar com a Ópera de Paris e a disputar o mercado das gravações com as outras grandes cenas líricas europeias.

Neto de japoneses, foi diretor da Orquestra Hallé, de Manchester (Inglaterra), da Sinfônica Alemã, de Berlim, e da Ópera de Los Angeles, nos Estados Unidos.

Sem abrir mão da Sinfônica de Montreal, assumirá em 2015 a direção da Ópera de Hamburgo e será o regente principal da Sinfônica de Gotemburgo, na Suécia.

Esta é a terceira vinda de Nagano ao Brasil --a última foi em 2006, com a Orquestra Jovem da América.

Em entrevista à Folha, comentou que teve a liberdade de gravar em Lyon obras pouco conhecidas de Busoni, Carlisle Floyd ou Peter Eötvös porque, à época, com o aquecimento excepcional do mercado de CDs, foi possível produzir um repertório diferente.

A atual crise econômica provoca um movimento inverso, com a busca de um repertório mais tradicional, disse Nagano.

"Com menos recursos, nós, artistas, precisamos também nos tornar mais criativos." Ele teve uma turnê cancelada por falta de patrocínio e quase precisou cancelar uma produção lírica em Munique.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página