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Prefeitura do Rio cancela repasse à Orquestra Sinfônica Brasileira

Fim do incentivo tira R$ 8 milhões do orçamento da OSB para 2013

DO RIO

A Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) perdeu o apoio da prefeitura do Rio, que cancelou o repasse de R$ 8 milhões previsto para o ano de 2013.

O valor citado equivale a um quinto do orçamento da sinfônica, de R$ 40 milhões.

A suspensão da parceria foi formalizada por meio de uma carta assinada pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, em 18 de março.

Segundo noticiou o jornal "O Globo", o prefeito explicou no comunicado que optou por interromper o apoio financeiro para investir na preparação para os grandes eventos esportivos programados na cidade: a Copa do Mundo, em 2014, e os jogos olímpicos de 2016.

Por quase vinte anos, a sinfônica contou com verbas do município para manter sua estrutura em operação.

ESPERANÇA

Apesar do anúncio oficial do governo, o superintendente da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira, Ricardo Levisky, diz crer que ainda é possível remediar a situação.

"Solicitamos uma audiência com o prefeito, que sempre compreendeu a importância da OSB. É uma marca do Rio. Ainda temos a expectativa de reverter esta decisão", disse Levisky à Folha.

Na manhã de anteontem, o superintendente conversou com os músicos da OSB sobre o assunto.

"Quis tranquilizá-los, porque vai surgir uma solução."

Dos R$ 40 milhões captados para o orçamento de 2013 da orquestra, uma parcela de 70% está associada a patrocínios de empresas privadas --incluindo recursos obtidos por leis de incentivo.

A parceria com a prefeitura representava 20%, enquanto o percentual restante vem das vendas de ingressos e doações.

A assessoria do prefeito Eduardo Paes informou que, no momento, ele não pretende se pronunciar sobre o fim da parceria.

A Folha tentou contato com Sérgio Sá Leitão, secretário municipal de Cultura, mas não obteve resposta até a conclusão dessa edição. Ao jornal "O Globo", o secretário disse que a prefeitura vai estudar uma outra forma de apoio à orquestra.

OUTRA CRISE

A interrupção do repasse da prefeitura abre um novo foco de crise na OSB.

Em 2011, o regente titular Roberto Minczuk propôs fazer avaliações de desempenho aos músicos da orquestra, que se opuseram à ideia por temerem demissões em massa.

Depois da insurgência, 33 componentes da orquestra foram demitidos --para serem readmitidos meses depois.

Os dissidentes ficaram sob a tutela da OSB Ópera & Repertório, que divide o orçamento com a Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira.


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