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FINANCIAMENTO
Mesmo com juro menor, comprador desembolsa em dez anos o dobro do valor do imóvel; compare as alternativas
Crédito bancário ainda é opção onerosa
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Quem queria perseguir o sonho
da casa própria, mas estava desanimado com as dificuldades de financiamento, teve um alento, no
último dia 24, com a diminuição
da taxa básica de juros para
24,5%, anunciada pelo governo.
"A TR [Taxa Referencial, usada
como indexador pelas instituições financeiras] deverá cair 3%
ao ano", prevê Miguel de Oliveira,
presidente da Anefac (Associação
Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). Mas buscar crédito no
banco é a opção menos vantajosa.
Para comprar um imóvel de
R$ 200 mil em dez anos, são
100,83% a mais que o preço à vista, contra 72,94% do consórcio e
59% do título de capitalização. O
menor reajuste (27,64%) é o do financiamento em cem meses com
a construtora para imóveis na
planta.
"Fomos obrigados a desempenhar um papel que é do sistema
financeiro porque as políticas dos
bancos não são direcionadas
às necessidades do mercado",
afirma José Romeu Ferraz Neto,
vice-presidente do Sinduscon
(sindicato das empresas de construção civil) de São Paulo.
No ranking do menor custo final, o segundo lugar fica para os
títulos de capitalização, reformulados pela Caixa Econômica Federal e pela Sul América. Mesmo
assim, o fator sorte continua a ser
um empecilho: a probabilidade
de ser sorteado e receber o dinheiro é menor que 0,05%.
Aliado à inadimplência, em alta
em todos os setores da economia,
esse também é um dos principais
entraves do consórcio, terceiro no
pódio. Os azarados correm o risco
de esperar 119 meses para habitar
o imóvel.
(EDSON VALENTE)
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