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CONDOMÍNIO
Assembléias padecem de baixa audiência
EDSON VALENTE
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Viver em sociedade pode ser
complicado, sobretudo quando
vizinhos que mal se conhecem
têm de tomar decisões juntos.
Essa é uma situação costumeira
nas reuniões de condomínio.
A assembléia tem papel vital
no funcionamento de um conjunto residencial. "O síndico
não faz nada sem sua aprovação", define José Prado, 57, diretor da administradora Oliva.
Só que esse instrumento da
democracia padece de um mal:
falta de audiência. As administradoras contabilizam uma média de presença entre 10% e 25%
dos condôminos nos encontros.
O editor de conteúdo do site
Síndico Net, Danilo Monteiro,
27, identifica um desconhecimento de direitos e deveres por
parte dos envolvidos. "A não-familiaridade com a lei e com a
convenção gera desestímulo",
afirma. "As pessoas nem sabem
o que podem reivindicar."
Para atingir quórum, Luís Ramalho, 33, diretor de condomínios da administradora Itambé,
recomenda juntar de dois a
três assuntos importantes
em uma mesma reunião.
Ramalho diz que elevou a média de participação a 60%. Para
tanto, conta com algumas cartas
na manga. "Na assembléia de
instalação do condomínio, por
exemplo, organizamos um bufê.
Nas demais, oferecemos ao menos café e bolachas."
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