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VILA ANDRADE
Trânsito caótico pode ser amenizado com a ponte Água Espraiada e obras viárias custeadas por incorporadoras
População cresce 73% e "engarrafa" distrito
EDSON VALENTE
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Campeã de lançamentos imobiliários da cidade, a Vila Andrade espera pelo crescimento demográfico iminente sustentada
apenas pela construção da ponte
Água Espraiada, única medida
confirmada pelo Plano Diretor.
O adensamento na região se reflete nos dados do IBGE, que
computou, entre 1991 e 2000, um
aumento de 72,98% da população
local (de 42.576 para 73.649 habitantes), número bem superior ao
da média da cidade (8,17%).
O trânsito é a maior dor de cabeça de quem mora no distrito.
"Todos os caminhos levam à avenida Giovanni Gronchi", diz João
d'Avila, 45, consultor. "Obras ao
longo dela, com recuos e vias paralelas, estão previstas, mas a
prioridade é Paraisópolis", afirma
Jorge Wilheim, 74, secretário municipal de planejamento urbano.
As associações de moradores
acrescentam problemas. "O
transporte público é deficiente",
diz Roberto Saruê, 53, presidente
da Samovis (Sociedade Amigos
do Morumbi e da Vila Suzana).
"Os ônibus estão malconservados e são insuficientes. E o metrô
precisa ter uma linha até Taboão
da Serra, pois isso impediria o tráfego de veículos que fogem da
avenida Prof. Francisco Morato
pelo meio do distrito", justifica.
Expansão do shopping
De olho no crescimento, os setores de comércio e serviços já se
movimentam. O shopping Jardim
Sul, maior centro comercial do
distrito, por onde circulam 600
mil pessoas por mês, deve crescer
10.000 mē até 2006.
"Só vou ao cinema lá", afirma a
modelo Joana Prado, 27. Segundo
o superintendente do shopping,
Luciano Simão, 43, o projeto só ficará pronto no ano que vem.
"Não sabemos ainda exatamente
o que será feito no local."
Para 2004, está prevista a inauguração do Centro Hípico WAT
(nome provisório), um investimento de US$ 1,5 milhão em
um terreno de 12.500 mē na rua
Dep. Fed. João Sussumo Hirata,
ao lado do colégio Porto Seguro 3.
Novo bairro
Mas um dos projetos mais ambiciosos está nas mãos da incorporadora Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário, que
pretende criar um minibairro no
entorno do shopping Jardim Sul.
A empresa diz que desenvolverá
um projeto paisagístico com a
ajuda da comunidade e criará
uma associação de moradores.
"Já pavimentamos três ruas lá",
afirma Roberto Perroni, 40, diretor-superintendente. "E apresentamos à CET (Companhia de Engenharia e Tráfego) um plano de
obras viárias que vamos custear."
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