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ALTA NO INTERIOR
Alta no interior
Sorocaba e Campinas verticalizam lançamentos de padrão elevado, com mais de 150 m2, quatro quartos e investimento na área de lazer
CRISTIANE CAPUCHINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O interior paulista é o novo
eldorado para incorporadores
que querem diversificar investimentos no cenário de aquecimento do mercado imobiliário.
No burburinho das especulações, cidades localizadas em
um raio de cem quilômetros da
capital ganham lançamentos
que investem em lazer para
vencer a concorrência.
Entre elas se destacam Sorocaba (100 km a oeste da capital)
e Campinas (95 km a noroeste
de São Paulo), onde os novos
apartamentos têm mais de 150
m2, quatro quartos e várias vagas na garagem, além de salas
de ginástica e espaços gourmet
nas campanhas publicitárias.
Os preços dos lançamentos
estão na faixa dos R$ 200 mil
(confira alguns na pág. 4).
Para a gerente de marketing
Andréia Nascimento, da Rossi,
que atua em todo o interior
paulista, "o lazer é muito
valorizado [em empreendimentos imobiliários] em Campinas e Sorocaba".
Nessas cidades, primeiro
houve loteamentos, em seguida, condomínios horizontais,
mais tarde os verticais e, depois, uma melhora qualitativa.
"É o ciclo da cidade que enriquece e cria demanda para novos tipos de imóvel", aponta
Celso Amaral, diretor da Amaral d'Ávila, empresa especializada em avaliação imobiliária.
Com uma população próxima a 600 mil habitantes, Sorocaba foi alvo de renovação urbanística nos últimos dez anos.
A chegada de indústrias e de
mão-de-obra especializada
criou públicos que são financeiramente interessantes.
"A cidade tem recebido apartamentos de alto padrão [o m2
chega a valer R$ 3.800], um nicho de mercado em que estava
carente", diz Ronaldo Leme,
diretor regional do Sinduscon-SP (sindicato da construção)
em Sorocaba.
De acordo com Leme, as
construtoras antes tinham dificuldade para comercializar
imóveis de valores superiores a
R$ 2.000 o metro quadrado.
A expectativa de consultores
e incorporadores é que o
"boom" imobiliário na cidade
dure de três a cinco anos.
Incorporadoras que só trabalhavam na Grande São Paulo
-como Schahin e Trisul- voltam os olhos para pólos do interior do estado.
Rumo ao oeste
"O grande número de empresas traz maior concorrência e
preocupação de atendimento
ao cliente", explica o diretor regional do Sinduscon-SP em
Campinas, Luiz Amoroso.
Cidades como Hortolândia,
Sumaré, Valinhos e Indaiatuba
têm recebido empreendimentos residenciais por oferecerem
grandes espaços por preços
inferiores aos de Campinas
-onde o m2 de um lote em condomínio chega a R$ 500.
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