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PLANO DIRETOR EM DEBATE
A abertura de uma nova via, cortando a favela Paraisópolis, será proposta por moradores
Congestionamentos "agitam" o Morumbi
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Ao menos uma movimentação os congestionamentos estão
conseguindo causar nas últimas
semanas: a dos moradores do
Morumbi empenhados nas discussões de seu plano regional.
O assunto já foi escolhido como prioridade para os debates
no distrito de classes média alta e
alta, na zona oeste de São Paulo.
"A região foi projetada para ser
fechada, em termos urbanísticos, mas hoje é um bairro de passagem, o que aumenta demais o
trânsito local", diz Aloysio Camargo Filho, 58, diretor da Associação de Segurança e Cidadania.
Outro agravante para o trânsito é o número de escolas: sete
particulares e duas públicas,
mais as de distritos vizinhos.
"Nos horários de entrada e saída
de alunos, leva-se uma hora para
cruzar a av. Giovanni Gronchi",
protesta Paulo Uehara, da Sociedade Amigos do Morumbi.
Na visão do arquiteto Rogério
Batagliesi, 50, da Asbea (Associação Brasileira dos Escritórios de
Arquitetura), o número de pontes
seria mais um agravante. "É muito pequeno para o volume de carros que trafegam pela região."
A fim de resolver parte do problema, as associações desenvolveram um projeto urbanístico que
deverá ser uma das polêmicas do
plano regional: uma via paralela à
Giovanni Gronchi, que passaria
pela favela Paraisópolis. "Essa
avenida poderia diluir o trânsito
sem prejudicar os moradores do
local", afirma Camargo Filho.
A favela é outra prioridade para
o Morumbi, por se tratar de uma
área que oferece pouca infra-estrutura aos moradores e que necessita de um programa de urbanismo e de integração.
Escuridão e enchentes
Outro problema apontado pelos
moradores é a iluminação das
ruas, qualificada como falha e deficiente. "Atualmente, os postes
estão distantes e utilizam lâmpadas de apenas 125 watts, o que
compromete a segurança do bairro", diz o físico Lauro Pires, que
mora no Morumbi há 13 anos.
As inundações que ocorrem
próximo ao estádio Cícero Pompeu de Toledo também fazem
parte da polêmica. "Como o córrego Antonico não é canalizado
no trecho próximo ao colégio
Porto Seguro, a água transborda e
desce até a sede do São Paulo Futebol Clube, onde já existe canalização", explica Camargo Filho.
"Durante as discussões para o
Plano Regional, vamos enfatizar a
necessidade de canalizar toda a
área e redimensionar a galeria."
(MONICA FAVERO)
Associações de Moradores:
Associação de Segurança e Cidadania:
0/xx/11/ 3742-1781; Bairro Vivo Agência
de Preservação Urbana: 0/xx/11/3259-1002; Viva Pacaembu por São Paulo:
vivapac@uol.com.br; Sociedade Amigos
da Cidade Jardim: 0/xx/11/3846-0615;
Sociedade Amigos do Morumbi e Vila
Suzana: 0/xx/11/3501-6347
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