São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 2003 |
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Vila à vista
BRUNA MARTINS FONTES FREE-LANCE PARA A FOLHA O lançamento de novas vilas em São Paulo -desde 1999, 721 projetos (uma média de 144 por ano) foram aprovados pela Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sehab)- reaviva o desejo dos paulistanos de trocar o apartamento por uma casa -sem abrir mão da segurança. As vilas, assim como os condomínios fechados de casas, têm vias particulares. Mas diferem destes porque contam com legislação específica para determinar quesitos como o tamanho máximo dos terrenos (15 mil m2) e a área verde que deve haver em cada lote. A expansão continua, já que neste ano (até outubro) o número de aprovações (211) foi 19% maior que em 2002 (177) e 235% maior que há quatro anos (63). Mas essas casas ainda estão longe do bolso da classe média. "A oferta de alto padrão é boa", diz Claudio Bernardes, 49, membro do conselho consultivo do Secovi-SP (sindicato de construtoras e imobiliárias de São Paulo). "Mas as para a classe média são difíceis de encontrar", completa Gonzalo Fernandez, 36, diretor-superintendente da imobiliária Fernandez Mera. Os incorporadores preferem fazer prédios na Z2 [área de uso predominantemente residencial] ou residências de alto padrão na Z1 [zona de uso exclusivamente residencial], exemplifica. Apesar disso, as zonas norte e leste são consideradas boas para futuros investimentos, devido à oferta de terrenos a preços acessíveis. "Empreendimentos de médio padrão devem estar voltados para essas regiões", diz Claudio Miotto, 41, gerente de desenvolvimento da construtora Rossi. "Primeiro houve uma expansão em bairros de alto padrão, como Alto da Boa Vista, Jardim Lusitânia e Morumbi, mas logo Penha, Tatuapé e Vila Matilde começaram a lançar vilas também", analisa João Freire D'Ávila Neto, 45, diretor técnico da consultoria Amaral D'Ávila. Próximo Texto: Lançamentos para a classe média se afastam da capital Índice |
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