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EXPLOSÃO HORIZONTAL
Nos 13 condomínios lançados, há 512 casas, média de 39 por empreendimento; no Morumbi, proporção é de apenas 10
Rio Pequeno é "inundado" por condomínios
ANA PAULA DE OLIVEIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A zona oeste de São Paulo abriga os dois distritos campeões no
quesito condomínios horizontais:
se o Morumbi lidera o ranking em
número de empreendimentos
(9,3%), o Rio Pequeno é o que
reúne maior número de casas
construídas (11,9%) na capital entre 1997 e 2001, revela o Datafolha.
Dos 10 condomínios já prontos
no Rio Pequeno, 9 têm a chancela
da incorporadora Marvin: as
Villas de São Francisco. "Foi um
achado: em 96, quando compramos a área, não existia acesso
nem urbanização; hoje, o preço
do terreno quadruplicou", diz Renato Marcondes, sócio-diretor.
"Há dez anos, não existia nada
aqui. Com a vinda dos shoppings,
o distrito não parou mais de crescer", afirma Jamim Ghendov,
dono da D'Ghezarro, imobiliária
que comercializa o menor condomínio do distrito, o Vila Encantada, com apenas oito casas.
Mas nem tudo é perfeito no Rio
Pequeno: 10% das 598 ruas do distrito não foram asfaltadas e, desde
2001, apenas 22 foram pavimentadas; há pontos de alagamento em
épocas de chuva e 16 favelas.
Porém, para Takashi Komaki,
36, da ONG Proseg, que presta assistência à Polícia Militar do distrito, o índice de violência não é
alarmante. Mas, segundo levantamento da Prefeitura de São Paulo,
a situação da maioria dos moradores não é das melhores.
O Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH), que leva em conta renda média, alfabetização e estudo, é 0,561, próximo ao da Índia. Distritos considerados europeus, como o Morumbi, possuem
IDH acima de 0,8, e regiões comparadas com a África, como Parelheiros, têm menos de 0,5.
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