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CONDOMÍNIO
"Empilhar" é solução
em garagem pequena
EDSON VALENTE
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Dois corpos não ocupam um
mesmo lugar no espaço. Prejudicados por essa lei física imutável, condôminos buscam opções na disputa pelas vagas limitadas das garagens. ""Empilhar"
os carros pode ser uma solução.
Existem equipamentos que
possibilitam a acomodação de
veículos sobrepostos, como em
um beliche. O carro que fica na
plataforma superior é erguido
por um sistema hidráulico, que
funciona até sem energia.
Algumas limitações, contudo,
impedem que esse produto seja
utilizado em todos os casos. Os
duplicadores da Car Lift, por
exemplo, só podem ser instalados em garagens que possuam
pé-direito maior que 2,5 metros.
A Klaus também oferece opções para garagens ""no aperto".
A mais barata são as "pallets",
plataformas que correm sobre
trilhos. Os carros deslizam e são
acomodados lado a lado. Existe
ainda um estrado giratório, que
manobra os veículos para que
acessem espaços ociosos.
Paliativos. É assim que José
Roberto Graiche, 56, presidente
da Aabic (associação das administradoras), vê os multiplicadores de vagas. "São caros", opina. "E os prédios residenciais,
muitas vezes, não têm espaço
suficiente para eles, devido à
presença de vigas e colunas."
O engenheiro Jaime Simão, 56,
síndico do prédio onde mora,
nos Jardins (zona sul), não concorda. Ele instalou um duplicador há um mês. "É a única alternativa viável no caso da minha
garagem, que tem dez vagas a
menos que o número de apartamentos do condomínio. O custo
de se contratar manobristas, por
exemplo, seria maior", estima.
Alguns profissionais redesenham a área da garagem, otimizando a distribuição dos espaços. A arquiteta Adriana Belleza,
37, já desenvolveu projetos desse porte. "É como montar um
quebra-cabeças", exemplifica.
"Os pilares costumam ser o
problema. É preciso rearranjar
a mesma quantidade de vagas,
tornando-as mais largas", diz.
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