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Jaçanã quer pegar uma carona na "locomotiva do crescimento"
DA REPORTAGEM LOCAL
Os moradores do Jaçanã querem crescer no ritmo do metrô,
mas convivem com um atraso
que lembra o "trem das onze". "O
progresso é um desejo claro do
distrito. Os moradores querem
investir e gerar empregos", afirma
o engenheiro Antonio Manoel Esteves, 43, coordenador do Plano
Diretor Regional Jaçanã.
É por isso que o trecho entre o
córrego Cabuçu e a rodovia Fernão Dias, por exemplo, deve ser
revitalizado e ampliado para receber mais indústrias, segundo ele.
Entretanto, Marco Antonio Silva, 42, chefe de gabinete da Subprefeitura de Jaçanã-Tremembé,
aponta a pequena área industrial
abandonada por empresas perto
da av. Luis Stamatis, que pode ser
destinada ao uso residencial.
Espírito comunitário
Entre os projetos que ajudariam
o desenvolvimento local está a
criação de um novo centro municipal, próximo à avenida Maria
Amália Lopes de Azevedo e à rua
Costa Brito, que serviria também
como praça de lazer, cultura e de
serviços públicos, nos moldes do
Poupatempo, do governo estadual. A idéia é espalhar pelas redondezas o espírito comunitário.
Outra preocupação são os loteamentos irregulares próximos à
serra da Cantareira e à rodovia
Fernão Dias. "A área tem todas as
demandas possíveis de infra-estrutura, porque o zoneamento
atual não permite construir muita
coisa. O abandono é fruto desse
engessamento", explica Esteves.
Segundo ele, a área já abriga entre
40 mil e 50 mil pessoas.
Carmem Francisca de Lima, 55,
presidente da Sociedade Amigos
de Bairro do Jardim das Pedras,
pede benfeitorias na av. Coronel
Sezefredo Fagundes, que "é estreita e está cheia de mato".
Mas esse trabalho deve ser feito
com cuidado preservacionista. "A
serra deveria ser preservada por
lei. É por isso que queremos assinalar no plano zonas de transição
entre a reserva e a cidade", afirma
o arquiteto Ari Albano.
Estrutura viária
"Milhares de famílias moram
hoje nas margens do córrego da
Paciência", denuncia Nivaldo
Cardoso, 40, presidente da Savic
(Sociedade Amigos de Vila Constança). Ele reclama ainda de bares
nas garagens das casas da região.
Segundo Esteves, é também
opinião "geral e unânime" que
não há estrutura viária. "Estamos
atrasados uns 50 anos", diz.
É por isso que os moradores pedem a extensão do metrô a partir
do Tucuruvi (o projeto, do governo estadual, não tem data para ser
implantado). Takao Ishii, 64, secretário da distrital Santana da associação comercial, pleiteia pelo
menos duas estações (Parque Vitória e Jaçanã) e a continuação da
linha até Guarulhos.
(NB)
Associações: ACSP, 0/xx/11/6973-3708;
Cons. Comunitário, 0/xx/11/3052-2111; Jd. França, 0/xx/11/6979-7922;
Jd. das Pedras, 0/ xx/11/6995-2876; Savic, 0/xx/11/6949-9612; Sarsi, 0/xx/11/
6952-4875.
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