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COMERCIAL
Média é R$ 25, contra R$ 70 da Faria Lima, R$ 50 da Berrini e R$ 40 da marginal Pinheiros
Centro Empresarial tem m2 mais barato
DA REPORTAGEM LOCAL
Construído há 26 anos e um
dos pioneiros em alto padrão comercial, o Centro Empresarial de
São Paulo, na zona sul, aparece
agora como o espaço para locação mais barato da cidade -média de R$ 25 o m2, contra R$ 70 da
av. Brig. Faria Lima, R$ 50 da
Eng. Luiz Carlos Berrini e R$ 40
da marginal Pinheiros, segundo
a consultoria Ponzio e Féo.
"O que proporcionou esse valor abaixo do de mercado foi a racionalização do espaço devido às suas proporções superlativas",
diz a gerente de comunicação do
complexo, Mari Mei, 35. Além
dos 50 andares com área total útil
de 2.844 m2 cada uma (uma raridade hoje em dia na cidade), há
um shopping com 70 lojas, 30
restaurantes e dez agências bancárias, para atender um público
interno de 30 mil pessoas/dia.
Mas nem tudo é perfeito. Embora situado na marginal Pinheiros, próximo à ponte João Dias,
como tantos outros da região, o
empreendimento está do lado
"errado" do rio Pinheiros -junto à av. Maria Coelho Aguiar, como muito poucos. Próximos a ele, só existem outros dois concorrentes: o América Business
Park (da America Properties) e o
Panamerica Park (Hines).
Melhor opção
"Mas, de longe, o Centro Empresarial pode ser considerado a
melhor opção do outro lado do
rio, já que é auto-sustentável",
analisa Anne Oliveira, 27, gerente
de pesquisa da consultoria Jones
Lang LaSalle, especializada em
comerciais de alto padrão. Com
seus 142 mil metros quadrados
úteis, o Centro Empresarial bate
fácil o América (25.000 m2) e o
Panamerica (40.000 m2).
A grandiosidade das lajes, fator
decisivo em outras áreas e prédios comerciais da cidade, é outra dificuldade do Centro Empresarial. "As grandes empresas
procuram, hoje, um imóvel de alto padrão com localização privilegiada [a preferência é pela esquina das avenidas Faria Lima e
Juscelino Kubistchek], o que o
obriga a lotear os andares para
até quatro empresas, criando
problemas de planta [banheiros,
elevadores, condomínio] e tirando o conforto dos usuários", diz.
Retrofit
Para minimizá-las, o conjunto
passou recentemente por uma
super-reforma (retrofit), que incluiu a modernização dos sistemas de telecomunicações e de vigilância. E conseguiu uma taxa
de ocupação de 84%. É muito
menor do que os 95% dos "bons
tempos", mas está muito além do
pior momento do complexo,
quando chegou a amargar o índice recorde de 33% de ocupação,
durante a crise de 1993 (Collor).
O Centro Empresarial abriga,
há anos, grandes multinacionais,
como Accor, Daimler Chrysler,
Procter & Gamble, Nextel, Rhodia e Unilever. Os novos ocupantes são empresas de telecom, telemarketing e prestadores de serviços "terceirizados", que não recebem cliente em seus escritórios,
mas precisam de muito espaço e
de recursos tecnológicos. "É perfeito para abrigar a parte operacional das companhias, como o
call center", diz Oliveira.
(NB)
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