São Paulo, domingo, 25 de agosto de 2002

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Compradores têm vantagens como descontos e pacotes especiais

Estandes viram "showroom" de produtos e decoradores

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Não são apenas os ambientes sofisticados da Casa Cor que dão ibope entre os arquitetos e decoradores. Mobiliar apartamentos em estandes tornou-se outro filão disputado por quem quer mostrar seu trabalho -ou produtos.
A decoradora Edite Candusso, 57, foi uma das primeiras a abraçar esse tipo de negócio. "Cheguei a fazer 12 em um mês", lembra. "Os chamados arquitetos "estrelas" não se envolviam com esses projetos. Atualmente, eles fazem, porque enriquece o currículo."
Que o digam nomes famosos como Bya Barros, João Armentano e Patricia Anastassiadis, que figuram como colaboradores de construtoras e imobiliárias.
Bya Barros, por exemplo, diz que uma decoração que assina custa R$ 25 mil, quando encomendada individualmente. Comprada como agregado na aquisição de um imóvel, contudo, sai por um valor entre R$ 12 mil e R$ 20 mil, parcelado em até 12 meses.

Móveis
Algumas marcas de produtos passaram a assinar parcerias com as construtoras. É o caso da Ornare. Ela exibe seus produtos nos lançamentos de cerca de 150 empresas e depois os oferece para compradores dos apartamentos.
"Fazemos um pacote para vender para o prédio todo ou oferecemos condições especiais para cada proprietário", conta Murillo Schattan, 46, presidente da rede. Os preços são 5% abaixo dos de loja e parcelados em até 24 vezes.
A Florense é outra que atua nesse segmento. "É importante para expor o produto, mesmo que o comprador do imóvel acabe não o adquirindo", acredita Osmair Tomaz, 35, do atendimento a construtoras. Os decorados fazem às vezes, então, de um "showroom" para essas marcas.

Ilusória
Mas nem sempre esse "casamento" torna-se possível. "Padrões mais baixos não comportam nossos artefatos", diz Tomaz, da Florense, referindo-se aos chamados imóveis "populares".
Para Odair Senra, 55, diretor da Gafisa, "a decoração deve estar ao alcance de quem vai comprar o imóvel, senão é ilusória".
Edite Candusso segue esse mandamento à risca. "Quando decoro um "popular", compro móveis e objetos onde aquele público-alvo também possa", diz. (EV)


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