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VER PARA CRER
Compradores têm vantagens como descontos e pacotes especiais
Estandes viram "showroom" de produtos e decoradores
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Não são apenas os ambientes sofisticados da Casa Cor que dão
ibope entre os arquitetos e decoradores. Mobiliar apartamentos
em estandes tornou-se outro filão
disputado por quem quer mostrar seu trabalho -ou produtos.
A decoradora Edite Candusso,
57, foi uma das primeiras a abraçar esse tipo de negócio. "Cheguei
a fazer 12 em um mês", lembra.
"Os chamados arquitetos "estrelas" não se envolviam com esses
projetos. Atualmente, eles fazem,
porque enriquece o currículo."
Que o digam nomes famosos
como Bya Barros, João Armentano e Patricia Anastassiadis, que
figuram como colaboradores de
construtoras e imobiliárias.
Bya Barros, por exemplo, diz
que uma decoração que assina
custa R$ 25 mil, quando encomendada individualmente. Comprada como agregado na aquisição de um imóvel, contudo, sai
por um valor entre R$ 12 mil e R$
20 mil, parcelado em até 12 meses.
Móveis
Algumas marcas de produtos
passaram a assinar parcerias com
as construtoras. É o caso da Ornare. Ela exibe seus produtos nos
lançamentos de cerca de 150 empresas e depois os oferece para
compradores dos apartamentos.
"Fazemos um pacote para vender para o prédio todo ou oferecemos condições especiais para cada proprietário", conta Murillo
Schattan, 46, presidente da rede.
Os preços são 5% abaixo dos de
loja e parcelados em até 24 vezes.
A Florense é outra que atua nesse segmento. "É importante para
expor o produto, mesmo que o
comprador do imóvel acabe não o
adquirindo", acredita Osmair Tomaz, 35, do atendimento a construtoras. Os decorados fazem às
vezes, então, de um "showroom"
para essas marcas.
Ilusória
Mas nem sempre esse "casamento" torna-se possível. "Padrões mais baixos não comportam nossos artefatos", diz Tomaz,
da Florense, referindo-se aos chamados imóveis "populares".
Para Odair Senra, 55, diretor da
Gafisa, "a decoração deve estar ao
alcance de quem vai comprar o
imóvel, senão é ilusória".
Edite Candusso segue esse mandamento à risca. "Quando decoro
um "popular", compro móveis e
objetos onde aquele público-alvo
também possa", diz.
(EV)
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