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CONDOMÍNIO
Elevador é tarefa para especialistas
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Só no ano passado, 123 pessoas foram resgatadas em acidentes de elevadores pelo Corpo de Bombeiros em São Paulo. Apesar de não ser assustador,
esse número poderia ser bem menor não fosse a falta de manutenção de equipamentos que fogem às normas técnicas.
"Uma boa conduta é verificar
e testar os equipamentos com a
frequência determinada pelas
empresas de manutenção", ensina o capitão Mauro Lopes, 35,
do Corpo de Bombeiros.
Procedimentos incorretos dos
usuários também causam acidentes. Entre as imprudências
mais comuns, está o resgate das
vítimas com a cabine parada.
"Se não é feito por técnicos especializados, as vítimas correm
riscos como cair no poço do elevador", ressalta o engenheiro
Francisco Thurler Valente, 63,
da ABNT (Associação Brasileira
de Normas Técnicas).
"Nem mesmo porteiros e zeladores devem retirar as pessoas
da cabine", alerta Luiz Tadeu
Reis Estipp, 43, diretor do Contru (Departamento de Controle
do Uso de Imóveis).
O fato de estar dentro do elevador não representa uma situação de perigo, afirmam os
especialistas. "De todas as ocorrências de emergência registradas, a cabine do elevador é o lugar mais seguro", assegura Boris Risnic, 55, diretor da Otis.
No entanto, ficar preso na cabine do elevador acarreta outros desconfortos. Sensações
como falta de ar, pânico e medo
de o elevador cair são as mais
comuns. "Todos os equipamentos têm ventilação, e o medo de
o elevador cair não tem fundamento, pois existem dispositivos de segurança", explica Adriano Kluwe, 35, gerente comercial da Atlas Schindler.
O mais importante a se fazer
nessa situação é manter a calma
dos passageiros. "Deve-se respirar pausadamente e levar o ar
para o abdome. Transformar
pensamentos catastróficos em
possibilidade e não em fatalidade também atenua a fobia", explica o psiquiatra Tito Paes de
Barros Neto, 45, do Hospital das
Clínicas de São Paulo.
(ISABELA LEAL)
Empresas de manutenção cadastradas na prefeitura: 0/xx/11/3242-1733, ramal 116
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