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Games não causam problemas físicos se usados com equilíbrio
DA REPORTAGEM LOCAL
O videogame, que para muitos é um vilão tecnológico, não
causa tanta preocupação -ao
menos na parte física- quando
seu uso não é exagerado e se sobrepõe às demais atividades
das crianças e dos adolescentes,
como escola e exercícios.
"Fizemos uma pesquisa com
cerca de 800 adolescentes de
classe A de São Paulo. Desses,
58% jogam videogames. Na
pesquisa não identificamos
maior prevalência de tendinite,
LER, entre eles", diz Clovis Artur Silva, professor livre-docente do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medcina USP, que orientou uma pesquisa de mestrado sobre dores
e lesões adolescentes relacionadas a videogames e computadores.
Porém ele adverte que, na
prática clínica, atende pacientes que sofrem danos físicos potencialmente relacionadas ao
videogame.
Os adolescentes envolvidos
na pesquisa não jogavam de
forma exagerada, segundo o
professor. Para Silva, o fato de
ser uma atividade prazerosa
pode ajudar no não aparecimento de problemas.
Tempo de uso
Ele considera duas horas o
tempo máximo de jogo por dia,
e diz que, a cada uma hora, a
criança deve se movimentar,
abrir e fechar os dedos, esticar o
pescoço.
"Às vezes, os adolescentes relatam dor de cabeça, estresse,
ansiedade. Podem ter obesidade ou anorexia relacionadas ao
videogame, porque ele não vê o
que come, diminui o esporte,
ou deixa de comer [por causa
dos jogos eletrônicos]. O que
não pode é deixar de interagir
com coleguinhas, ir ao parque,
fazer esportes. O videogame e o
computador não podem aprisionar."
(GVB)
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