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Tentativas de lucro esbarram em privacidade e conteúdo
DA "TECHNOLOGY REVIEW"
Vasculhar os dados do perfil
dos usuários para determinar
seus interesses é o melhor caminho para que as redes sociais
tenham lucro. Mas, em relação
à privacidade das pessoas, é
também o mais complicado.
Os anunciantes precisam fazer com que o usuário saiba o
que seus amigos compram, ou
precisam fazer com que ele envie anúncios para os outros.
O Beacon, programa do Facebook, rastreava as compras
do usuário do Facebook e as
exibia para os amigos dele. O
problema: os usuários eram inseridos automaticamente.
Se uma pessoa alugasse um
filme no site da Blockbuster,
essa informação se distribuía a
todos os membros de sua rede.
Depois de petições e de cobertura negativa da mídia, o Facebook acabou por limitá-lo.
O MySpace lançou seu sistema de HyperTargeting (superdirecionamento), que vasculha
as informações dos usuários
em busca dos gostos deles. Apesar de não ter ainda gerado
grandes lucros, o programa "fez
com que um número sem precedentes de anunciantes procurasse o MySpace", de acordo
com Adam Bain, presidente da
Fox Interactive Media Audience Network.
Vizinho imprevisível
Um problema que essa estratégia pode solucionar é a "vizinhança de conteúdo". Ao contrário de um jornal ou de um
programa de TV, as redes sociais oferecem um conteúdo altamente imprevisível.
Uma marca gigante e de
grande visibilidade pode não
desejar correr o risco de seu
anúncio aparecer em uma página como a do grupo do Facebook chamado "I've Had Sex
with Someone on Facebook"
(eu tive relações sexuais com
alguém do Facebook).
Mas nem todos são pessimistas. Andrew Braccia, da Accel,
um dos primeiros investidores
do Facebook, acredita que os
anunciantes acabarão por aceitar melhor a natureza "viva, dinâmica" das redes sociais e
compreenderão cada vez mais
que a imprevisibilidade é parte
do atrativo delas.
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