São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2004 |
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FICÇÃO por Walnice Nogueira Galvão Prílis Hucná Samota de Bohumil Hrabal O mais popular dos escritores de idioma tcheco, divulgado pelo filme "Trens Estreitamente Vigiados" [de Jirí Menzel, Oscar de melhor filme estrangeiro em 1967], baseado em livro autobiográfico de dois anos antes. Sátira sobre um amante de livros, após a Primavera de Praga, rebaixado por suas idéias progressistas e condenado a trabalhar no depósito de lixo da cidade. Genji Monogatari de Murasaki Shikibu A autora, do clã Fujiwara, foi dama de companhia da imperatriz do Japão no século 11. Mais de mil páginas em letra miúda narrando os amores cortesãos do sedutor príncipe Genji, em meio às intrigas palacianas. Au Bonheur des Dames [À Felicidade das Senhoras], de Émile Zola Obra pouco conhecida, tratando do movimento da economia que liqüida o pequeno comércio de gestão familiar em Paris e preside ao nascimento das gigantescas lojas de departamento. Nós de J.I. Zamiátin O autor russo escreveu em 1922 esta notável fábula de ficção científica, que traça a profecia de um mundo totalitário, completamente fechado, em que as pessoas são submetidas ao Estado. Soa familiar? Antecipa tanto "Admirável Mundo Novo", de Huxley, quanto "1984", de Orwell. Tirano Banderas de Valle Inclán Romance espanhol galego, sobre um caudilho sul-americano. A opulência de sua linguagem e os enredos mirabolantes que criava dão corpo a uma verve iconoclasta. Walnice Nogueira Galvão é professora titular de literatura na USP. É autora de, entre outros, "No Calor da Hora" e "Guimarães Rosa" (Publifolha). Texto Anterior: Crítica/Poesia: Silviano Santiago Próximo Texto: Cinema: Jean-Claude Bernardet Índice |
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