São Paulo, domingo, 05 de maio de 2002

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ET + CETERA

Desaprendendo a ler
Depois de já ter alcançado índices de leitura de livro comparáveis aos da Europa, a Argentina tem amargado a destruição da categoria sociológica do "público leitor", que transcendia as diferenças de classe -mais um efeito da corrosão do imaginário coletivo nacional, decorrente, por sua vez, do "fracasso" da jovem democracia, do desastre socioeconômico e do esvaziamento da educação pública. A tese é defendida pela ensaísta argentina Beatriz Sarlo em artigo recente no "Clarín".

O culto e a recusa do passado
Em "Cioran, Eliade et Ionesco" (ed. PUF, França), a ensaísta Alexandra Laignel-Lavastine compara o trajeto de três dos expoentes da cultura romena do século 20. Além da França como segunda pátria, eles teriam partilhado o amor nacionalista pelas tradições romenas -exacerbado no caso do filósofo Emil Cioran (1911-95) e do mitólogo Mircea Eliade (1907-86), ligados às forças nazistas de seu país- e o esforço, no pós-guerra, em fazer aquela etapa de suas vidas cair no esquecimento.

Vozes sobre a América
O novo número da revista inglesa "Granta" traz dossiê com 24 escritores e intelectuais de todo o mundo -como Hans-Magnus Enzensberger e Harold Pinter-, falando do antiamericanismo hoje e do "papel que os EUA tiveram, para o bem e para o mal, em suas vidas". Comentando sua passagem por Nova Orleans, o professor John Gray, da London School of Economics, rebate os "estereótipos" europeus e diz que os EUA são "contraditórios" demais para permitir uma definição única.



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