São Paulo, domingo, 08 de dezembro de 2002 |
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ET + CETERA Etnocentrismo em trajes pós-coloniais Uma das bíblias dos estudos pós-coloniais, "O Local da Cultura" (lançado no Brasil pela ed. UFMG), do indiano Homi Bhabha, defende o pluralismo cultural, mas com armas etnocêntricas. Isso porque as fontes de seus argumentos, anglófonas, ignoram ou nivelam a elas, por exemplo, visões latino-americanas da questão, como as de Darcy Ribeiro e Roberto Schwarz. A crítica é da ensaísta Beatriz Sarlo, em texto publicado no "Clarín" sobre a recente tradução argentina da obra. A "urbanização" de Heidegger Para o filósofo Peter Sloterdijk, o traço reacionário de Heidegger se deveu à sua inaceitação do "evento central de nossa época": o advento da frivolidade, o vazio, o nada. Sloterdijk foi um dos participantes de um recente colóquio em Paris sobre o legado heideggeriano -e sua possibilidade de ser "urbanizado" em favor do ideário democrático. Enquanto isso, segundo o "Le Monde", aparecem na Alemanha mais e mais provas da intensa ligação do pensador da Floresta Negra com o nazismo. Virilio e a era do acidente voluntário "O tempo é o acidente dos acidentes." A sentença aristotélica, diz o filósofo francês Paul Virilio ao diário italiano "Il Manifesto", sintetiza a relação entre o progresso e a catástrofe, isto é, entre o tempo da técnica e a ampliação do medo, do desastre e do descontrole -cenário em que, como as torres gêmeas, toda "substância" desmancha no ar. Virilio é curador da exposição "Ce Qui Arrive", sobre as formas contemporâneas do "acidente voluntário", na Fondation Cartier (Paris). Texto Anterior: Os dez+ Próximo Texto: + filosofia: Os efeitos colaterais da moral Índice |
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