São Paulo, domingo, 09 de maio de 2004 |
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Et + cetera Argentina, a número 1, diz Sartori Principal cientista político italiano, Giovanni Sartori afirma ao "La Nación" ter esperança em Lula e Néstor Kirchner. Ele diz que a Argentina é "o país mais afortunado da América Latina" ("imensos recursos naturais, classe média educada e sem superpopulação"), com vocação para ser o "número 1" do continente, mas precisa "se livrar do peronismo"; já o Brasil, "como é muito grande e povoado, seus problemas são mais difíceis de resolver, e os bolsões de pobreza, muito maiores". Anatomia renovada do fascismo Atento mais a exemplos que a teorias, "Anatomy of Fascism" (Knopf, 336 págs., US$ 26), de Robert Paxton, rebate mitos sobre o fenômeno. Sociólogo da Universidade Columbia, ele defende que fascismo significa ditadura militar, mas nem toda ditadura é fascista. Provocadoramente, Paxton diz que o fascismo não é "apenas um complô capitalista" nem emerge necessariamente em resposta à "ameaça de uma revolução socialista", conforme lembra Terry Eagleton em resenha na "Nation". A pintura-objeto de Manet, por Foucault "La Conférence sur Manet" (Seuil, 20 euros) transcreve palestra dada pelo autor de "As Palavras e as Coisas" em 1971. Foi Manet (1832-83) quem, "pela primeira vez, desde a Renascença, utilizou no interior de seus quadros as propriedades materiais do espaço sobre o qual pinta". Valorizando o suporte, fez "ressurgir as qualidades ou limitações materiais da tela", criando, diz Foucault, a "pintura-objeto", "condição fundamental para que um dia a própria representação fosse descartada". Texto Anterior: Os dez+ Próximo Texto: + sociedade: Um apelo ao presidente Índice |
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