São Paulo, domingo, 15 de dezembro de 2002 |
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ET + CETERA Bob Wilson defende bairrismo teatral
Encerrando temporada californiana de sua montagem
de "Woyzeck", peça expressionista de Georg Büchner,
o dramaturgo norte-americano Bob Wilson confessou,
em entrevista ao L.A. Weekly, as dificuldades de trabalhar com elenco dinamarquês, com o qual excursionou
de Sarajevo a Londres antes de chegar aos EUA: "Os
atores europeus acham difícil manter uma linha de tensão. Mas, se você olha para Chaplin, Keaton ou Astaire,
seu timing era meticuloso. Todo teatro é dança".
"Muito se tem falado, de modo irresponsável e perigoso, sobre o mal e o "eixo do mal'". Assim Richard Bernstein justifica sua proposta de uma reflexão "mais séria" sobre o tema em "Radical Evil". No livro, lançado nos
EUA pela Polity Press, o professor de filosofia na New
School University (Nova York) recorre a pensadores
como Freud e Nietzsche para, contra os "puros" que só
vêem ervas daninhas no quintal alheio, afirmar que a
ambivalência está enraizada na condição humana.
O traço básico na vida atual é a "tensão entre duração e
obsolescência". Em termos estéticos, esse paradoxo se
reflete na redução do conceito de beleza ao fugaz, já que
ela é vista não mais como uma qualidade intrínseca de
objetos, mas sim de "eventos" que nos fazem ver um
objeto como belo hoje, mas talvez não amanhã. Essas
teses são do sociólogo polonês Zygmunt Bauman -autor de "O Mal-Estar da Pós-Modernidade" (ed. Jorge
Zahar)-, em entrevista ao jornal argentino "Clarín". |
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