São Paulo, domingo, 22 de dezembro de 2002 |
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ET + CETERA A verdade, túmulo do ego
Estar "morto de curiosidade" já foi metáfora levada
quase à risca. É o que mostra o crítico George Levine,
em "Dying to Know" (Morrendo para Saber, Chicago
University Press). Dedicado à Inglaterra vitoriana, o estudo inova ao justapor documentos os mais díspares,
de tratados de Darwin a romances de Dickens, para
mostrar que a "morte do ego" -supressão dos afetos
pessoais- era vista como regra da objetividade e base
indispensável para o saber e a verdade.
Marcado por enredos violentos, o western é hoje terreno de outro tipo de briga -entre as leituras que repisam seu caráter machista e racista e as que contrastam os heróis errantes do Velho Oeste com a tendência "domesticadora" da urbanização no início do século 20. É o
que mostra texto da "Chronicle of Higher Education"
sobre o gênero, criado nos EUA há cem anos pelo livro
"The Virginian" (1902), de Owen Wister, e pelo filme
"The Great Train Robbery" (1903), de Edwin Porter.
"A primeira leitura dos livros de Alice foi uma das minhas experiências decisivas", diz, sobre a obra de Carroll (1832-98), a escritora A.S. Byatt no "The Guardian". |
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