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Veículo sem fábrica no país perde mercado

Com adicional de IPI, fatia dos importados cai em julho ao menor nível em dois anos

DE SÃO PAULO

Diante de uma queda de 41,5% nas vendas de julho, a participação das marcas de veículos sem fábrica no Brasil caiu ao menor nível em dois anos.

No último mês, as 10,74 mil unidades vendidas pelas empresas associadas à Abeiva (associação das importadoras) representaram 3,06% do mercado nacional.

A entidade reúne cerca de 30 marcas, de populares como Kia a luxuosos como Porsche e Jaguar.

Em julho de 2010, essa fatia era de 2,96% do mercado brasileiro, quando a atuação das asiáticas JAC e Chery -hoje com um quarto das vendas da Abeiva- era ainda inexpressivas.

No auge, a participação das marcas da entidade chegou a 7,7%, em setembro do ano passado.

Desde dezembro, incide sobre os importados sem fábrica no Brasil um adicional de 30 pontos percentuais de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), medida adotada pelo governo para proteger a indústria nacional.

O dólar mais alto também prejudica o desempenho do setor neste ano.

Os importadores preveem uma retração de 40% nas vendas e corte de até 10 mil empregos no ano.

A esperança para reverter o quadro é o anúncio que o governo deve fazer em breve, com detalhes sobre o novo regime automotivo.

O texto deve incluir formas de compensação do adicional de IPI aos importadores com intenção de produzir no país.

Segundo o presidente da Abeiva, Flavio Padovan, o governo deve anunciar, com o novo regime, medidas também para as marcas sem planos de fabricar no país.

"O governo exagerou na medida [adicional de IPI] e acho que entende isso", afirmou.

(GABRIEL BALDOCCHI)

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